Eleições têm 2,6 mil urnas trocadas e denúncias de blitz ilegal da PRF
Mais de 156 milhões de cidadãos são esperados para votar no 2º turno, nas mais de 496 mil seções eleitorais em todo o território nacional
atualizado
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A tarde de votação do segundo turno no país começou com atualização sobre a quantidade de urnas substituídas no país e denúncia de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir que eleitores votem.
Nas mídias sociais, há denúncias de que agentes da corporação se mobilizaram para barrar a chegada da população às seções eleitorais. A garantia do voto está prevista em lei. Após pipocarem denúncias de eleitores de que operações e blitze da PRF estão dificultando o deslocamento de eleitores, sobretudo no Nordeste, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, cobrou explicações da entidade.
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O número de urnas eletrônicas trocadas subiu de 926 para 2,6 mil, em todo o país. O dado é o mais recente desde o início do pleito, às 8h, até as 14h30, quando o TSE divulgou o segundo boletim do dia.
O total representa 0,49% das 472 mil urnas em funcionamento nas seções eleitorais brasileiras. A troca dos equipamentos é procedimento habitual nos pleitos nacionais e, por precaução, todos os locais de votação dispõem de equipamentos reserva – no total, são 64,9 mil.
Segundo turno no exterior
Fora do Brasil, as eleições ocorrem sem registros de ocorrências graves. Cerca de 697 mil brasileiros estão aptos a votar, em 102 países. No exterior, o segundo turno começou no sábado (29/10), em Wellington, capital da Nova Zelândia.
Até as 12h deste domingo (30/10), 15 países haviam encerrado o prazo para votar, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), que organiza o pleito no exterior. O resultado oficial das apurações será divulgado pelo TSE após as 17h.
Confira os dados dos boletins de urna disponibilizados até o momento:
- Angola
Lula: 124 votos entre 230, (53,9%); Jair Bolsonaro: 99 votos (43%);
- Austrália:
Lula: 4.179 votos (62,92%); Jair Bolsonaro: 2.463 votos (37,08%);
- Coreia do Sul:
Lula: 126 votos (64,3%); Jair Bolsonaro: 70 votos (35,7%);
- Nova Zelândia:
Lula: 389 votos (70,34%); Jair Bolsonaro: 164 votos (29,66%);
- Singapura:
Lula: 230 votos (63,71%); Jair Bolsonaro: 131 votos (36,29%);
- Taiwan:
Jair Bolsonaro: 132 votos (56,65%); Lula: 101 votos (43,35%);
- Quênia:
Lula: 35 votos (58,33%); Jair Bolsonaro: 25 votos (41,67%);
- Grécia:
Jair Bolsonaro: 242 votos (55,63%); Lula: 193 votos (44,37%);
- Finlândia:
Lula: 444 votos (73,15%); Jair Bolsonaro: 163 votos (26,85%);
- Rússia:
Lula: 46 votos; Jair Bolsonaro: 23 votos;
- Indonésia:
Jair Bolsonaro: 32 votos; Lula: 15 votos;
- Israel
Jair Bolsonaro: 53,4%; Lula: 46%;
- Autoridade Nacional Palestina
Lula: 584 (90,5%); Jair Bolsonaro: 61 (9,5%).
- Japão
Lula: 16%; Jair Bolsonaro 84%.
- Áustria
Lula: 960; Jair Bolsonaro: 379
- Dinamarca
Lula: 1047; Jair Bolsonaro: 198
- França:
Lula: 7885; Jair Bolsonaro: 1622
- Holanda:
Lula: 4511; Jair Bolsonaro: 1242
- Hungria:
Lula: 481 (85,3%); Jair Bolsonaro: 83 (14,7%)
- Itália:
Lula: 5810; Jair Bolsonaro: 4698
- Polônia:
Lula: 212 (75,7%); Jair Bolsonaro: 68 (24,3%)
- República Tcheca:
Lula: 286 (76,66%); Jair Bolsonaro: 73 (20,33%)
- Suécia:
Lula: 1785; Jair Bolsonaro: 542
- Suíça:
Lula: 5538; Jair Bolsonaro: 5038.
- Alemanha:
Lula: 11.836 (76,79%); Jair Bolsonaro: 3578 (23,21%)
- Noruega:
Lula: 628 (76,1%); Jair Bolsonaro: 197 (23,9%)
- Palestina:
Lula: 584 votos (90,5%); Jair Bolsonaro: 61 votos (9,5%)
- Israel:
Lula: 46,56%; Jair Bolsonaro: 53,43%
- Luxemburgo:
Lula: 274 votos (57%); Jair Bolsonaro: 207 votos (43%)
Voto dos presidenciáveis
As eleições do segundo turno no país começaram sem registros de ocorrências graves. A previsão é que mais de 156 milhões de brasileiros votem para escolher o novo presidente, além de governadores em 12 estados.
Os dois candidatos que disputam a Presidência da República já passaram pelas respectivas seções eleitorais. O candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) votou às 8h02, na Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro. Acompanhado de seguranças e assessores, o presidente chegou à seção por volta das 7h50.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou por volta de 8h45, em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo. O candidato estava acompanhado da esposa, Rosângela Lula da Silva, de assessores e apoiadores. A seção eleitoral do petista fica no colégio estadual Doutor João Firmino Correia de Araújo, no bairro Assunção.
A sexta eleição presidencial consecutiva em segundo turno começou às 8h deste domingo (30/10). Nela, os brasileiros participam da votação para escolha do chefe do Executivo federal que atuará nos próximos quatro anos.
De acordo com dados da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no primeiro turno, Lula teve 57.259.504 de votos (o que corresponde a 48,43% dos votos válidos), e Bolsonaro, 51.072.345 de votos (43,2%).
Seções tranquilas
No Distrito Federal, quem optou por sair nas primeiras horas deste domingo (30/10) não enfrentou filas. “Cheguei e não deu nem cinco minutos [para votar]. Está supertranquilo. Todas as sessões estão vazias, [e o processo está] bem organizado”, comentou a professora aposentada Gilsa Ribeiro, 50 anos, que votou em um colégio público de Planaltina, a 50 km do centro da capital federal.
Brasilienses chegam às seções eleitorais para votar no segundo turno
No Centro de Ensino Médio 2, na mesma cidade, o estudante de museologia João Pedro Gonçalves Guimarães, 22, encontrou a seção eleitoral praticamente vazia. “Não tinha fila. O processo em si não deve ter durado mais do que três minutos”, disse o universitário.
A aposentada Vera Lúcia Guarieiro, 76 anos, chegou às 7h30 à Faculdade Upis, onde aguardou aproximadamente meia hora para conseguir votar. “Minha seção é sempre cheia. No primeiro turno, votei à tarde, e demorou muito. Desta vez, resolvi vir nas primeiras horas, para não enfrentar transtornos. Mesmo assim, demorou cerca de 30 minutos”, relatou.
Disputa estadual
Neste domingo, mais de 156 milhões de cidadãos são esperados nas mais de 496 mil seções eleitorais espalhadas em todo o território nacional e no exterior. Além da votação para chefe do Executivo federal, está em jogo a decisão sobre os governadores de 12 estados brasileiros.
Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo resolverão a disputa local levada ao segundo turno.
O transporte coletivo de graça está liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em todos esses estados. A medida é uma tentativa de reduzir a abstenção e dar igual oportunidade para que todos os cidadãos aptos participem do pleito.
Confira os candidatos em cada estado:
Alagoas: Paulo Dantas (MDB) X Rodrigo Cunha (União Brasil)
Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) X Eduardo Braga (MDB)
Bahia: ACM Neto (União Brasil) X Jerônimo Rodrigues (PT)
Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) X Manato (PL)
Mato Grosso do Sul: Capitão Contar (PRTB) X Eduardo Riedel (PSDB)
Paraíba: João Azevedo (PSB) X Pedro Cunha Lima (PSDB)
Pernambuco: Marília Arraes (Solidariedade) X Raquel Lyra (PSDB)
Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB) X Onyx Lorenzoni (PL)
Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil) X Marcos Rogério (PL)
Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) X Décio Lima (PT)
Sergipe: Rogério Carvalho (PT) X Fábio (PSD)
São Paulo: Fernando Haddad (PT) X Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Quando há necessidade de votação no segundo turno?
Segundo a Constituição brasileira, o que define a necessidade de realização de segundo turno é a adoção do critério da maioria absoluta de votos, característico do chamado sistema eleitoral majoritário de dois turnos.
Por esse critério da maioria absoluta, para vencer a eleição, não basta que um candidato tenha mais votos que seus adversários. Ele precisa acumular mais da metade dos votos válidos, ou seja, excluídos os votos em branco e os nulos, para ser eleito, em primeiro ou em segundo turno.
Uma vez obtida maioria absoluta dos votos válidos já em primeiro turno, o candidato é eleito, e a realização de um segundo turno não se faz necessária. Em caso de o pleito não ser concluído nessa primeira etapa, vão para o segundo turno apenas os dois candidatos mais votados no primeiro turno.
Regras
No Brasil, o voto é obrigatório para todos os brasileiros com idade entre 18 e 70 anos. Para isso, é necessário que o eleitor separe um documento com foto e saiba a sua zona e seção de votação.
São aceitos documentos como passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, carteira de trabalho ou de habilitação, carteira de identidade e certificado de reservista.
O eleitor não precisa apresentar o Título de Eleitor, digital ou impresso, mas é necessário saber o seu local de votação. Caso o cidadão tenha perdido o documento, basta consultar a sua zona eleitoral no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fazer a consulta por nome, data de nascimento e nome da mãe.
Confira o que pode e o que não pode no dia das eleições: