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Eleições 2022: RS, DF e ES mudam histórico e reelegem governadores

Gaúchos reconduziram um governador ao cargo pela primeira vez, enquanto outros dois estados voltaram a reeleger autoridades após anos

atualizado

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1 de 1 eduardo leite 4 - Foto: Igo Estrela / Metrópoles

Três estados (Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Espírito Santo), que tradicionalmente não reelegem seus governadores, mudaram de direção nesta eleição. A maior influência veio da disputa polarizada entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que refletiu nos estados.

Aprovada em 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a reeleição tornou-se uma prática comum na maior parte dos estados. Amazonas, Piauí, Roraima e Sergipe foram as unidades da Federação que mais reconduziram governadores aos cargos.

Já o eleitorado gaúcho não aderiu à moda. Ao todo, cinco quiseram permanecer no Palácio do Piratini: Antônio Britto (MDB), em 1998, Germano Rigotto (MDB,  em 2006, Yeda Crusius (PSDB), em 2010, Tarso Genro (PT), em 2014, e José Ivo Sartori (MDB), em 2018, mas não conseguiram.

Neste ano, Eduardo Leite (PSDB) foi reeleito no estado. O tucano venceu Onyx Lorenzoni (PL), candidato de Bolsonaro. Agora, Leite inaugura a recondução de governadores ao Palácio Piratini. 

No primeiro turno, o tucano ficou com 26,81% dos votos e Onyx com 37,50%. 

Em tese, Leite agora terá um novo primeiro mandato e não uma reeleição, pois deixou o governo do estado para concorrer à Presidência da República. Ele perdeu as prévias do PSDB para o então governador de São Paulo, João Doria, que desistiu da disputa ao Palácio do Planalto algum tempo depois. 

Distrito Federal e Espírito Santo

O Distrito Federal e o Espírito Santo também não têm histórico de reconduções e, neste ano, quebraram a tradição. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi reeleito no primeiro turno, com 50,30% dos votos. O segundo mais bem votado foi Leandro Grass (PT), que ficou com 26,25% dos votos brasilienses. 

O retorno de Ibaneis ao Palácio do Buriti foi uma quebra de histórico, já que o feito não ocorria desde Joaquim Roriz (1999-2006). Figura emblemática no imaginário do quadradinho, Roriz governou o DF quatro vezes, de 1988 a 1990 (período pré-Constituição, ele foi nomeado pelo então presidente da República, José Sarney, quando não havia eleição direta); de 1991 a 1995 (eleito democraticamente, mas sem reeleição); e de 1999 a 2006 (quando foi eleito e reeleito).

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), foi reeleito no segundo turno, com 53,80% dos votos. Ele disputou o Palácio Anchieta, sede do governo capixaba, contra Carlos Manato (PL), que perdeu por 46,20%. 

No estado capixaba, apenas o ex-governador Paulo Hartung (MDB) se reelegeu (de 2003 a 2011). 

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