Eleições 2022: conheça a trajetória dos candidatos à Presidência
Neste domingo (2/10), o primeiro turno da eleição de 2022 pode definir o próximo presidente da República. São 11 concorrentes na disputa
atualizado
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Neste domingo (2/10), os brasileiros vão às urnas, em primeiro turno, para as eleições de 2022. Serão definidos os nomes de senadores, deputados federais, distritais e estaduais. Para governadores e presidente, há a chance de uma segunda rodada. Ao todo, 11 presidenciáveis tiveram a candidatura aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disputam o pleito.
O Metrópoles compilou a trajetória dos políticos que concorrem ao principal cargo do Poder Executivo. Conheça, por ordem alfabética, os candidatos à Presidência da República:
Ciro Gomes (PDT)
Ciro Gomes (PDT), de 64 anos, é ex-governador do Ceará e disputa as eleições presidenciais pela quarta vez (antes, em 1998 e 2002, pelo PPS, e em 2018, pelo PDT). Nasceu em 1957, em Pindamonhangaba (SP), mas cresceu em Sobral (CE).
Advogado formado em Direito na Universidade Federal do Ceará, iniciou a carreira política em 1982, quando se candidatou a um cargo eletivo. Foi apenas em 1990 que despontou na política nacional, com o mandato no governo cearense de 1990 a 1994. Também na primeira metade da década de 90, foi ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco.
Além disso, foi duas vezes deputado estadual, prefeito de Fortaleza, ministro da Fazenda, ministro da Integração Nacional e deputado federal. Na eleição presidencial de 2018, ficou em terceiro lugar, com 12,4% dos votos no primeiro turno.
Constituinte Eymael (DC)
José Maria Eymael tenta vencer a eleição presidencial pela sexta vez. Com 82 anos, Constituinte Eymael (DC) nasceu em Porto Alegre (RS), em 1939. Formado em Filosofia e em Direito, teve a primeira vitória política em 86, quando foi eleito deputado constituinte por São Paulo.
Após a vitória, se reelegeu para a Câmara dos Deputados. Já foi candidato à Prefeitura de São Paulo por quatro vezes, mas perdeu todas. Hoje, é presidente do partido Democracia Cristã (DC).
Felipe D’Ávila (Novo)
Empresário e cientista político, Felipe D’Ávila (Novo), 58 anos, nasceu em São Paulo, em agosto de 1963. Formado pela Universidade Americana em Paris, na França, é um grande defensor do liberalismo econômico.
Apesar de vir de uma família com tradição na política nacional, esta é a primeira vez que D’Ávila concorre a um cargo público. Ele concorre ao Planalto pelo Novo após João Amoêdo, que ficou em quinto lugar na última eleição.
Jair Bolsonaro (PL)
Eleito presidente em 2018, Jair Bolsonaro (PL), 67 anos, está no final de seu primeiro mandato como presidente do Brasil e busca a reeleição. Nascido em Glicério, no interior de São Paulo, foi para o Rio devido à formação na Academia Militar das Agulhas Negras.
Militar da reserva, ganhou voz no cenário nacional ao manifestar posições conservadoras e contrárias à esquerda.
A carreira política de Bolsonaro começou em 1988, quando concorreu à Câmara Municipal do Rio de Janeiro e conseguiu uma vaga no Legislativo da cidade. Antes de chegar à Presidência, Bolsonaro foi deputado federal pelo Rio de Janeiro por seis vezes.
Léo Péricles (UP)
Residente de Belo Horizonte (MG), Leonardo Péricles tem 40 anos e vai participar da primeira eleição do partido Unidade Popular (UP). Em 2011, passou a integrar o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Atualmente, é líder de movimento social e presidente nacional do partido.
Péricles é negro e ganhou espaço com a militância, inclusive liderando ocupações urbanas e protestos. Mora em uma ocupação na capital mineira, e trabalha como técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas.
Lula (PT)
Aos 76 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputa sua sexta eleição presidencial. Lula presidiu o Brasil em dois mandatos seguidos, de 2003 a 2011. Natural de Caetés (PE), sua trajetória política foi iniciada em São Paulo, liderando movimentos sindicais dos metalúrgicos.
Foi o principal fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980. Também participou da Assembleia Constituinte de 1988.
Em julho de 2017, foi condenado em primeira instância no âmbito da Operação Lava Jato, pelo então juiz federal Sergio Moro, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Foi preso em abril de 2018.
Em novembro de 2019, foi solto um dia após o STF decidir que a execução da pena só deveria ocorrer com o trânsito em julgado da sentença. Em março de 2021, recuperou seus direitos políticos.
Padre Kelmon (PTB)
De Acajutiba (BA), Kelmon Luis Da Silva Souza, o Padre Kelmon (PTB), de 45 anos, não era a primeira escolha do partido para as eleições. O candidato precisou substituir o ex-deputado Roberto Jefferson, que teve candidatura negada pelo TSE devido à Lei da Ficha Limpa.
Ele é padre ortodoxo, ainda que não faça parte da comunhão das Igrejas Ortodoxas do Brasil. Antes de ser lançado como substituto de Jefferson, era candidato a vice-presidente na chapa.
Kelmon sempre foi dedicado às pautas cristãs, e chegou a liderar grupo de jovens e colaborar na Pastoral da Criança.
Simone Tebet (MDB)
Senadora pelo Mato Grosso do Sul (MS), Simone Tebet (MDB) disputa sua primeira eleição presidencial aos 52 anos. É natural de Três Lagoas (MS), filha do ex-senador e ex-presidente do Congresso Nacional, Ramez Tebet, falecido em 2006.
Advogada e professora universitário, ingressou na política em 2002, como deputada estadual pelo MDB. Depois, por duas vezes, foi eleita prefeita da sua cidade natal. Foi vice-governadora e iniciou o mandato no Senado Federal em 2015.
Ganhou projeção nacional com as falas e participação ativa na CPI da Covid-19.
Sofia Manzano (PCB)
A professora e economista Sofia Manzano (PCB), de 51 anos, volta à disputa presidencial pela segunda vez, sendo a primeira como candidata a presidente — em 2014, concorreu como vice também pela chapa do PCB, na época encabeçada por Mauro Iasi. Manzano nasceu em 1971, em São Paulo. Entrou nova na política e, em 1989, aos 18 anos, ingressou no PCB.
É economista formada pela PUC-SP, professora e militante. Desde 2013, integra o movimento sindical de professores.
Soraya Thronicke (União)
Soraya Vieira Thronicke (União) é senadora pelo Mato Grosso do Sul (MS). Tem 49 anos e nasceu na cidade sul-mato-grossense Dourados. É advogada e foi anunciada como candidata ao Planalto no lugar de Luciano Bivar em agosto. É vice-líder do governo no Senado.
Dona de uma rede de motéis em seu estado, Thronicke foi eleita ancorada na onda de apoio de Jair Bolsonaro. Ela tinha pautas, à época, como a defesa da liberação das armas e o discurso contra o aborto.
Participou com destaque da CPI da Covid-19 e, por isso mesmo, apoiadores do presidente, como o filho Flávio Bolsonaro, a chamaram de “traidora”.
Vera (PSTU)
Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado, conhecida na política como Vera Lúcia (PSTU), tem 54 anos e nasceu em Inajá-PE. Criança, se mudou para Aracaju (SE). Formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe, a socióloga foi operária da indústria de calçados, participando do movimento sindical.
Vera nunca foi eleita a um cargo público, mas já se candidatou à governadora de Sergipe, prefeita de Aracaju e deputada federal. Em 2018, ela também foi a representante da sigla ao pleito.
Ex-filiada do PT, deixou o partido em 1992, quando uma ala da sigla foi expulsa por defender o impeachment de Fernando Collor.