É falso que TSE ampliou urnas em presídios e diminuiu no exterior
Circula mensagem falsa afirmando que TSE reduziu o número de urnas para brasileiros votarem no exterior e ampliou dentro de presídios
atualizado
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Circula no Facebook uma mensagem que afirma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reduziu o número de urnas para brasileiros votarem no exterior e ampliou dentro de presídios. A publicação direciona para um artigo da Ordem dos Advogados do Brasil-SP (OAB-SP), com o título: “Voto inédito em presídios já preocupa magistrados”.
O texto diz que só no estado de São Paulo será necessária a atuação de pelo menos 4 mil novos mesários dentro dos presídios. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação:
A informação analisada pela Lupa é falsa. Nas eleições de 2018, o TSE enviou 680 urnas eletrônicas e 64 urnas de lona a 171 locais de votação no exterior. Naquele ano, havia 500.257 eleitores fora do Brasil.
Em 2022, o número de eleitores aumentou, assim como o total de urnas enviadas. De acordo com o TSE, o número de brasileiros aptos a votar fora do país é 697.078, o que representa 39% eleitores a mais que em 2018. Foram enviadas 989 urnas eletrônicas e 29 urnas de lona para 181 localidades fora do país.
Além disso, segundo o TSE, em 2018 havia 233 locais de votação em unidades prisionais, em 152 municípios. Em 2022, esse número caiu 4,72%, passando para 222 seções eleitorais em 151 municípios.
O artigo da OAB-SP que é divulgado nas redes sociais para endossar a afirmação do aumento de sessões dentro dos presídios é antigo. O texto foi publicado em 2010, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentou a instalação de urnas em presídios e unidades de internação.
Em seu portal, a OAB-SP divulgou uma nota esclarecendo que o artigo estava sendo compartilhado de forma distorcida e fora de contexto.
Neste fim de semana, a Lupa se uniu às iniciativas de checagem AFP Checamos, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas e Fato ou Fake para verificar em conjunto a desinformação sobre as eleições.
Sete organizações de checagem, incluindo o Comprova, do qual o Metrópoles faz parte, reeditam coalizão de 2018 para verificar conteúdos suspeitos sobre a eleição no final de semana do primeiro turno. Todas as checagens publicadas e republicadas pelas organizações serão marcadas nas redes sociais com a hashtag #CheckBR, de modo a facilitar a busca por informações confiáveis sobre o pleito.
Esta checagem foi realizada pela Agência Lupa.