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Duda Salabert defende ir além das pautas LGBTI+: “Querem nos limitar”

A deputada federal recém-eleita concedeu entrevista ao Metrópoles nesta quinta-feira (6/10)

atualizado

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Duda Salabert
1 de 1 Duda Salabert - Foto: Reprodução/Metrópoles

Recém-eleita deputada federal por Minas Gerais e uma das primeiras transexuais a ocupar o cargo, Duda Salabert (PDT) concedeu entrevista ao Metrópoles, nesta quinta-feira (6/10), e prometeu furar a bolha das pautas LGBTI+ durante o primeiro mandato na Câmara Federal.

A pedetista foi a terceira mais votada no estado, com 208 mil votos, e ao lado de Erika Hilton (PSol), eleita por São Paulo, irá representar a comunidade trans no Congresso pela primeira vez na história.

“Por ser transexual, setores da sociedade querem nos limitar, nos reduzir somente à pauta LGBT, que por si só é uma pauta importante, mas eu sou professora há mais de 20 anos, ambientalista e vegana”, destacou a deputada. “Então, nossas pautas principais são meio ambiente, educação e direitos humanos”, continou.

Entre as propostas, ela ressaltou a criação de um novo modelo econômico mais ecológico e o endurecimento da legislação ambiental.

Duda também salientou que a eleição de mulheres trans representa um avanço nos direitos humanos para o país, que é considerado um dos mais violentos para a comunidade.

“Se nós moramos em um país em que 90% de um grupo está na prostituição — quase que compulsória, obrigatória — isso mostra que faltam políticas públicas para dar o mínimo de dignidade para essa população”, disse a pedetista.

“É um alargamento da democracia no país, já que a democracia pressupõe não só uma diversidade de partidos, ideológica, mas uma diversidade de corpos e de identidades”, defendeu.

Durante a entrevista, a deputada relembrou episódios ataques e ameaças que sofreu nos últimos anos e que se agravaram durante a campanha. Ela afirmou que teme que a situação se intensifique com o novo mandato.

Além disso, a parlamentar comentou a composição da nova Câmara dos Deputados e do Senado, que no último domingo (2/10) elegeu fortes nomes do bolsonarismo. Duda argumentou que o Congresso sempre foi conservador, mas que a relação pode mudar dependendo do resultado do segundo turno.

“Por si só, o Congresso Nacional já tem um caráter conservador. No entanto, nós entendemos que, se nós conseguirmos eleger um governo progressista, no caso do Lula, isso altera a configuração do Congresso, já que muitas pessoas eleitas são fisiológicas, ou seja, elas colocam interesses pessoais ligados ao poder acima das suas posições ideológicas”, finaliza.

Confira a entrevista completa:

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