Levantamento do Instituto Datafolha aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto para a Presidência da República na Bahia, com 61% do eleitorado local. O petista é seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que concentra 20% dos votos no estado. Os números dizem respeito ao cenário estimulado.
Do total de entrevistados, 5% disse que votará nulo ou em branco, enquanto outros 4% não souberam responder em quem votarão.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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Pesquisa espontânea
No levantamento espontâneo, quando os entrevistados não são apresentados aos candidatos, Lula tem 54% e Bolsonaro, 18%. Ciro Gomes aparece em seguida com 3% e Tebet pontua 1%.
Os demais candidatos apontados pelos entrevistados correspondem a 1%. Já brancos e nulos são 4%, enquanto 18% não souberam responder.
A pesquisa Datafolha ouviu 1008 eleitores entre os dias 22 e 23 de agosto, e está registrada no TSE sob o número BR-05675/2022.
Cenário local
O levantamento também mediu intenção de votos para o governo local. De acordo com o Datafolha, ACM Neto é o preferido entre o eleitorado com 54% dos votos válidos. Na sequência, está Jerônimo Rodrigues (PT) com 16%. João Roma (PL) tem 8%.
Há a previsão de que o instituto realize mais duas rodadas de pesquisa para intenção de voto no governo local.