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Datafolha: na Bahia, Lula tem 61% dos votos; Bolsonaro tem 20%

Números dizem respeito ao cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados

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1 de 1 bolsonaro lula 1 - Foto: Arte/Metrópoles

Levantamento do Instituto Datafolha aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto para a Presidência da República na Bahia, com 61% do eleitorado local. O petista é seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que concentra 20% dos votos no estado. Os números dizem respeito ao cenário estimulado.

O terceiro candidato com melhor performance na pesquisa é Ciro Gomes (PDT) com 7%. Na sequência, está a senador Simone Tebet (MDB) e Felipe D’Ávila – ambos com 1%. Os demais candidatos ao Palácio do Planalto: Pablo Marçal (Pros), Léo Péricles (UP), Vera (PSTU), Soraya Thronicke (União Brasil), Roberto Jefferson (PTB) e Sofia Manzano (PCB) não pontuaram.

Do total de entrevistados, 5% disse que votará nulo ou em branco, enquanto outros 4% não souberam responder em quem votarão.

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir

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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público

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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público

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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra

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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes

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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado

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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado

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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro

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Pesquisa espontânea

No levantamento espontâneo, quando os entrevistados não são apresentados aos candidatos, Lula tem 54% e Bolsonaro, 18%. Ciro Gomes aparece em seguida com 3% e Tebet pontua 1%.

Os demais candidatos apontados pelos entrevistados correspondem a 1%. Já brancos e nulos são 4%, enquanto 18% não souberam responder.

A pesquisa Datafolha ouviu 1008 eleitores entre os dias 22 e 23 de agosto, e está registrada no TSE sob o número BR-05675/2022.

Cenário local

O levantamento também mediu intenção de votos para o governo local. De acordo com o Datafolha, ACM Neto é o preferido entre o eleitorado com 54% dos votos válidos. Na sequência, está Jerônimo Rodrigues (PT) com 16%. João Roma (PL) tem 8%.

Há a previsão de que o instituto realize mais duas rodadas de pesquisa para intenção de voto no governo local.

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