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Datafolha: Lula lidera entre católicos; Bolsonaro, entre empresários

Lula (PT) lidera a preferência entre mulheres, nordestinos, jovens e católicos. Bolsonaro (PL) desponta entre evangélicos e empresários

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1 de 1 bolsonaro lula - Foto: Guilherme Prímola/Metrópoles

Pesquisa Datafolha detalha o desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) na corrida à Presidência da Republica.

Lula lidera a preferência entre mulheres, nordestinos, eleitores com ensino fundamental, inscritos no Auxílio Brasil, jovens, pretos, católicos e desempregados. Bolsonaro desponta na preferência do eleitorado evangélico e dos empresários.

A pesquisa mostra que 54% dos católicos votam em Lula. A expressividade de Bolsonaro neste segmento é menor: 23%. Entre evangélicos o panorama se inverte. Bolsonaro lidera com 39%. Contudo, a vantagem sobre Lula é pequena, já que o petista marca 36%.

Bolsonaro lidera as intenções de voto de empresários. Ao todo, 56% dizem votar no candidato do PL. Lula tem 23%.

Lula e Bolsonaro empatam com 37% cada das intenções de voto dos eleitores com renda familiar mensal entre cinco e 10 salários mínimos.

Já os eleitores com renda maior, acima de 10 salários mínimos, preferem Bolsonaro. Ele vence Lula com 42% das intenções de voto. O petista tem 31%.

Entre as mulheres, Lula chega a 49% das intenções de voto. Bolsonaro acumula 23%.

No Nordeste, o petista alcança 63% das intenções de voto. Já o atual chefe do Palácio do Planalto marca 17%.

A maioria dos eleitores com ensino fundamental também prefere Lula. Nesse segmento, 57% dizem que votariam em Lula, enquanto Bolsonaro angaria 21%.

Entre os inscritos no programa Auxílio Brasil, 59% declaram votar em Lula. Bolsonaro tem 20% das intenções de voto. Lula dispara também entre os eleitores desempregados: 57% escolheram o petista. Já Bolsonaro, 16%

Segundo o Datafolha, 57% dos eleitores pretos votariam em Lula. Já em Bolsonaro, 23%.

O eleitorado jovem (entre 16 e 24 anos), opta pelo candidato do PT. Lula acumula 58%, enquanto Bolsonaro soma 21%.

De acordo com a pesquisa Datafolha, 48% dos entrevistados indicaram voto em Lula, enquanto 27% disseram que votarão em Bolsonaro. O resultado reflete o cenário estimulado, ou seja, quando são fornecidas opções aos entrevistados. O terceiro melhor colocado foi Ciro Gomes (PDT), que apareceu com 7%.

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir

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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público

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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público

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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra

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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes

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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado

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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado

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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro

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Contratada pelo jornal Folha de S.Paulo e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-05166/2022, a pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento, realizado entre quarta (25/5) e quinta-feira (26/5), contou com a participação de 2.556 entrevistados com faixa etária acima de 16 anos, em 181 municípios de todos os estados brasileiros.

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