Nova rodada da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22/9), aponta o atual governador e candidato à reeleição por Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) na liderança pelo governo do estado com 48% de intenção de votos. Alexandre Kalil (PSD), segundo colocado, marcou 28%.
Zema caiu cinco pontos percentuais em relação ao último levantamento, de 15 de setembro, quando teve 53%. Kalil, que antes tinha 25%, oscilou na margem de erro — de três pontos. Os dados são referentes ao cenário estimulado, em que os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados.
O levantamento foi feito com 1.512 pessoas em 81 municípios mineiros, entre 20 e 22 de setembro. Carlos Viana (PL) conquistou 4% de intenções. O restante dos candidatos pontuou 1% cada. Os que não sabem em quem votar são 9% e brancos e nulos somam 8%.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG-08517/2022.
Segundo turno
O levantamento também mediu as intenções de voto para o segundo turno. Em um cenário entre Kalil e Zema, o atual governador está à frente com 55% dos votos, contra 36% de Kalil.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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