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Datafolha: eleitor “vulnerável” apoia Lula; “seguro” prefere Bolsonaro

O petista tem 56% das intenções de voto entre aqueles com renda instável de até dois salários mínimos, contra 23% de Bolsonaro

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1 de 1 bolsonaro lula 1 - Foto: Arte/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém firme entre o eleitorado vulnerável, aquele que possui renda baixa e instável. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, cresce entre os eleitores que possuem um faturamento estável de dois a cinco salários mínimos, os chamados “seguros”, de acordo com pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (23/8).

A amostra ouviu 5.744 pessoas em 281 municípios de 16 a 18 de agosto. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09404/2022.

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Em relação ao segmento social, Lula mantém vantagem entre o grupo vulnerável, passando de 54% para 56% entre julho e agosto. Bolsonaro oscilou de 24% para 23% entre esse segmento, em comparação ao mesmo período.

No grupo de estáveis, que representa 20% do eleitorado total, o presidente Bolsonaro passou de 33% das intenções de voto, em julho, para 43% no último levantamento.

Em contrapartida, esse grupo caiu de 40%, em julho, para 36% entre o eleitorado do ex-presidente Lula.

Na pesquisa divulgada na última semana, o Datafolha mostra que Lula tem 47% das intenções de voto entre todos os eleitores, contra 32% de Bolsonaro. O candidato do PDT, Ciro Gomes, segue em terceiro com 7%.

 

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir

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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público

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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público

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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra

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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes

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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado

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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado

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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro

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O grupo de vulneráveis representa o eleitorado com renda de até dois salários mínimos e sem uma fonte de renda estável. Eles correspondem a 35% dos votantes totais e é composto em maioria por mulheres com idade média de 40 anos, com índices acima da média de não escolarizados e não brancos.

Dentro do grupo de super seguros, aqueles que possuem renda estável acima de cinco salários mínimos, Bolsonaro oscila de 42% a 47%, entre julho e agosto, dentro da margem de quatro pontos. Já o candidato petista permanece com 34% das intenções de voto.

Os seguros representam 20% do eleitorado e são caracterizados majoritariamente por homens, com idade média de 45 anos e índices acima da média de ensino superior e brancos. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Entre os amparados, eleitores com renda instável acima de dois salários mínimos, Bolsonaro tem 41% das intenções de voto ante a 40% do candidato petista, com margem também de três pontos.

Já entre os resilientes, Lula lidera com 53% das intenções de voto contra 24% de Bolsonaro, a margem de erro é de três pontos. Esse grupo corresponde aos eleitores com renda estável de até dois salários mínimos e são assalariados, funcionário público, profissional liberal e empresário.

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