1 de 1 Bolsonaro e Lula
- Foto: Yanka Romão/Arte/Metrópoles
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (23/6) mostra vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de 19 pontos sobre o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na corrida ao Palácio do Planalto. A diferença entre os dois oscilou dois pontos percentuais, de 21 para 19. O pré-candidato petista tem 47% das intenções de votos (48% no levantamento anterior). Bolsonaro registrou 28% (27% na pesquisa anterior).
Em seguida, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 8% (oscilou um ponto para cima); André Janones (Avante), 2%; Simone Tebet (MDB), 1% (oscilou um ponto para baixo); Pablo Marçal (Pros), 1%; e Vera Lúcia (PSTU), 1%.
Todas as mudanças ficaram dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos para mais ou menos.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09088/2022. Foram ouvidos 2.556 eleitores em 181 cidades, nos dias 22 e 23 de junho.
Espontânea
Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados nomes aos entrevistados, Lula marcou 37%, e Bolsonaro, 25%. O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes alcançou 3%. A senadora Simone Tebet e o deputado federal André Janones têm cada um 0%. Outros nomes acumulam 3%.
Cerca de 27% não sabem em quem votar, e 6% disseram votar em branco, nulo ou em nenhum candidato.
Votos válidos
Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha, Lula tem 53% dos votos válidos, o que daria ao petista a vitória em primeiro turno, uma vez que é necessário 50% dos votos mais um. Bolsonaro tem 32% das intenções de votos e Ciro Gomes, 10%. O deputado André Janones tem 2%, enquanto Simone Tebet, Pablo Marçal e Vera Lúcia marcam 1% cada.
Nesse caso, excluem-se da conta os votos nulos e brancos.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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