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Datafolha: diferença entre Lula e Bolsonaro cai de 21 para 19 pontos

A diferença no 1º turno era de 21 pontos na pesquisa anterior. Agora, Lula oscilou um ponto percentual para baixo; Bolsonaro, um para cima

atualizado

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Yanka Romão/Arte/Metrópoles
Bolsonaro e Lula
1 de 1 Bolsonaro e Lula - Foto: Yanka Romão/Arte/Metrópoles

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (23/6) mostra vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de 19 pontos sobre o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na corrida ao Palácio do Planalto. A diferença entre os dois oscilou dois pontos percentuais, de 21 para 19. O pré-candidato petista tem 47% das intenções de votos (48% no levantamento anterior). Bolsonaro registrou  28% (27% na pesquisa anterior).

Em seguida, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 8% (oscilou um ponto para cima); André Janones (Avante), 2%; Simone Tebet (MDB), 1% (oscilou um ponto para baixo); Pablo Marçal (Pros), 1%; e Vera Lúcia (PSTU), 1%.

Todas as mudanças ficaram dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos para mais ou menos.

Presidente, governador e senador: veja quem são os pré-candidatos nas Eleições 2022

Essa é a primeira pesquisa feita que foi divulgada após a prisão do ex-ministro da Educação pastor Milton Ribeiro. O reverendo foi preso nessa quarta-feira (22/6), suspeito de integrar uma organização criminosa que desviou recursos do FNDE. A operação da Polícia Federal (PF) apura os crimes de corrupção e tráfico de influência.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09088/2022. Foram ouvidos 2.556 eleitores em 181 cidades, nos dias 22 e 23 de junho.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados nomes aos entrevistados, Lula marcou 37%, e Bolsonaro, 25%. O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes alcançou 3%. A senadora Simone Tebet e o deputado federal André Janones têm cada um 0%. Outros nomes acumulam 3%.

Cerca de 27% não sabem em quem votar, e 6% disseram votar em branco, nulo ou em nenhum candidato.

Votos válidos

Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha, Lula tem 53% dos votos válidos, o que daria ao petista a vitória em primeiro turno, uma vez que é necessário 50% dos votos mais um. Bolsonaro tem 32% das intenções de votos e Ciro Gomes, 10%. O deputado André Janones tem 2%, enquanto Simone Tebet, Pablo Marçal e Vera Lúcia marcam 1% cada.

Nesse caso, excluem-se da conta os votos nulos e brancos.

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir

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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público

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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público

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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra

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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes

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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado

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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado

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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro

SEAN GLADWELL/ Getty Images

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