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“CPI das Pesquisas” consegue assinaturas para ser instalada no Senado

Comissão quer “aferir as causas das expressivas discrepâncias” entre resultados dos levantamentos e votos na urna

atualizado

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Leopoldo Silva/Agência Senado
Flavio_Marcos Do Val_Marcos Rogério
1 de 1 Flavio_Marcos Do Val_Marcos Rogério - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O requerimento que pede abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as pesquisas que medem intenção de votos atingiu, nesta quarta-feira (5/10), o mínimo de 27 assinaturas necessárias.

O colegiado, agora, está apto a ser instalado pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador afirmou que dará ao pedido o mesmo tratamento que deu a outros requerimentos do tipo.

“O requerimento terá o tratamento dado a todo pedido de CPI. A avaliação dos requisitos e o encaminhamento dentro da normalidade do regimento. Não avaliei o mérito ainda, o requerimento ainda não foi formalizado com as assinaturas suficientes”, disse Pacheco.

Encabeçada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), a comissão tem, segundo o requerimento, objetivo de “aferir as causas das expressivas discrepâncias” entre os resultados apontados pelos levantamentos e os índices observados nas votações durante o primeiro turno, no domingo (2/10).

Entre os signatários, está a ex-presidenciável Soraya Thronicke (União-MS).

Entenda a polêmica

As diferenças abissais entre os resultados reais da eleição deste ano e aqueles projetados pelos maiores institutos de pesquisas eleitorais se tornaram um dos assuntos mais discutidos no país à medida que a apuração era totalizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em muitos casos, empresas com tradição no mercado, como Datafolha e Ipec, erraram por mais de 10 pontos, levando principalmente os políticos e militantes do campo conservador a questionar as metodologias usadas.

A distorção começa pelo cargo mais importante, o de presidente da República. Datafolha e Ipec apontavam diferença de 14 pontos percentuais entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O atual mandatário, no entanto, terminou bem acima do esperado, com 43,3% dos votos computados, enquanto os dois institutos o projetavam com 37% e 36%, respectivamente.

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