Conferência dos Bispos diz que Padre Kelmon não pertence à Igreja
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou que candidato não é sacerdote e não tem vínculo com a congregação
atualizado
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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou, nesta sexta-feira (30/9), que o candidato do PTB à Presidência, Padre Kelmon, não pertence à Igreja Católica Apostólica Romana.
“O senhor Kelmon Luís da Silva Souza, candidato que se apresenta como “padre Kelmon”, não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, sem qualquer vínculo com a Igreja sob o magistério do Papa Francisco”, diz a nota.
Kelmon substitui Roberto Jefferson na chapa que concorre ao Planalto. Jefferson teve candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque é condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Durante o último debate, nessa quinta-feira (29/9), Soraya Thronicke (União Brasil) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionaram o status do candidato na Igreja. “Padre de festa junina”, “falso padre”, “cabo eleitoral fantasiado de padre” e “candidato laranja” foram alguns dos termos utilizados para descrevê-lo.
A CNBB ainda ressaltou que padres da Igreja Católica não são autorizados a concorrer a cargos políticos ou a ter filiação partidária:
“Oportuno ressaltar que, conforme vigência na Lei Canônica, os padres da Igreja Católica, em pleno exercício do ministério sacerdotal, não disputam cargos políticos, nem se vinculam a partidos.”
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Kelmon Luis Da Silva Souza nasceu em 21/10/1976, em Acajutiba (BA), e aparece em todos os eventos públicos com batina, touca e crucifixo. Ele afirma pertencer à Igreja Católica Ortodoxa, mesmo os trajes não correspondendo à vestimenta oficial de padres da congregação.