Condenado por chacina de Unaí declara apoio a Bolsonaro no 2º turno
Antério Mânica, condenado a 64 anos de prisão por mandar matar servidores federais, rompeu com atual prefeito, que não apoia o presidente
atualizado
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O político e fazendeiro Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí (MG), produziu e está divulgando nas redes sociais um vídeo no qual anuncia rompimento com seu partido, o PSDB, e com o atual prefeito da cidade mineira porque acha um erro a falta de apoio deles à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Grande produtor rural, Mânica ficou famoso nacionalmente ao ser denunciado como mandante de um crime atroz, a chacina de três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e de um motorista em 28 de janeiro de 2004, na zona rural do município mineiro.
Os servidores federais foram mortos a tiros enquanto circulavam pelas fazendas da região apurando denúncias de exploração de trabalho análogo à escravidão.
Em maio deste ano, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão pelo Tribunal do Júri, em Belo Horizonte. Ele já havia sido condenado pelo mesmo crime, em 2015, mas sua defesa havia conseguido anular a condenação e recomeçar o processo. O desfecho, porém, foi o mesmo: os jurados aceitaram as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal e o consideraram como um dos mandantes da chacina.
Apoio a Bolsonaro
No vídeo divulgado essa semana, Mânica explica sua decisão dizendo que o agronegócio é muito importante para Unaí e que deixar de apoiar Bolsonaro pode trazer prejuízos para a cidade, principalmente em relação a obras que podem ser feitas pelo governo do estado, liderado pelo reeleito Romeu Zema (Novo).
“Estou aqui para anunciar a minha saída do PSDB e retirada do apoio ao prefeito [José Gome] Branquinho”, diz o fazendeiro. “O motivo é que eu o convidei manifestar apoio ao Bolsonaro (…) e o nosso prefeito não concorda com isso. E com a atitude dele de não prestar apoio ao Bolsonaro, ele está dificultando para todos nós unaienses”, avalia Mânica.
Veja o vídeo:
Bolsonaro disputa o segundo turno da eleição presidencial no próximo dia 30 de outubro contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva.