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Com atletas, Lula diz que esporte precisa ajudar no combate ao racismo

Candidato do PT à Presidência recebeu apoio de esportistas como Raí, Ana Moser, Juninho Pernambucano e Walter Casagrande em evento em SP

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1 de 1 lula com atletas - Foto: Reprodução/YouTube

Durante evento de campanha seis dias antes do primeiro turno, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu apoiadores ligados ao esporte, criticou o racismo, fez propostas para a área e atacou o principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula acusou o candidato à reeleição de priorizar a política armamentista e deixar de lado esporte e educação.

No encontro desta terça-feira (27/9), Lula não recebeu apoios “novos”, de antigos opositores, como vem acontecendo, mas de atletas, ex-atletas e dirigentes que já militam por ele, como os ex-jogadores de futebol Walter Casagrande Jr. e Juninho Pernambucano, a nadadora Joana Maranhão e a ex-jogadora de vôlei Ana Moser. Presencialmente ou em vídeos, vários esportistas reafirmaram o apoio e pediram votos para o petista tentar liquidar a eleição já no próximo domingo (2/10).

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Gustavo Henrique Araújo, velocista medalha de ouro na Paralimpíada do Rio
Juninho Pernambucano mandou vídeo
Lula e Andreia, ex-atleta do futebol
A nadadora Joana Maranhão
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Raí não esteve presente, mas mandou vídeo

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Gustavo Henrique Araújo, velocista medalha de ouro na Paralimpíada do Rio

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Juninho Pernambucano mandou vídeo

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Lula e Andreia, ex-atleta do futebol

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A nadadora Joana Maranhão

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Lula e os atletas

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Lula agradeceu os apoios, prometeu “fazer uma revolução na arquitetura” das escolas brasileiras, para dar mais condições à prática desportiva, e cobrou do esporte em geral, mas principalmente de clubes e atletas, uma maior participação no combate ao racismo.

“Nós estamos vivendo um tempo de racismo mais violento do que tempos atrás, possivelmente facilitado por isso daqui”, disse ele, segurando um celular, mas se referindo à internet. “Porque isso aqui, embora seja uma conquista importante, esconde a cara do mau-caratismo, a cara do bandido, a cara de quem tem preconceito”, continuou ele.

“O racismo tem que ser combatido diariamente. Não é possível que ainda tenha gente querendo construir uma supremacia branca”, seguiu Lula. “Acho que dirigentes de clubes deveriam ter mais abertura política para conversar com atletas, para que eles, que às vezes chegam com 8 anos, além de jogar futebol, aprendessem conscientização sobre os problemas sociais deste país”, completou o petista.

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Críticas a Bolsonaro

Ao falar sobre racismo, Lula lembrou das críticas que recebeu após dizer que o palanque de Bolsonaro no Rio, em evento de campanha no último 7 de Setembro, parecia um encontro do grupo racista norte-americano Ku Klux Klan (KKK).

Em seguida, o petista passou a associar o adversário ao aumento da violência política: “Hoje mesmo uma mulher apanhou, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Uma mulher grávida estava fazendo campanha pro PT e um bolsonarista atacou ela de porrada”, discursou Lula.

“Já mataram três ou quatro. O bolsonarismo representa uma parte daquilo que a gente pensava que não existia, porque a gente tinha pensado que a direita tinha ficado civilizada. Agora a gente tem um presidente que não distribui um livro didático para o ensino médio, mas está vendendo armas, está liberando a venda de arma. E quem está comprando armas é o crime organizado. Porque pode comprar 2 mil balas, quatro ou cinco fuzis, metralhadora, pistola. Qual é o cidadão de bem que quer tantas armas?”, questionou Lula, que disse, em seguida, que já andou armado na juventude, mas que não sabia como usar a arma.

“Eu, quando namorava, há muito tempo atrás, eu tinha uma garruchinha .22, porque eu andava do Parque Bristol até a Vila Oliveira a pé, à meia-noite. Eu namorava até 23h30 e tinha que sair a pé. Era longe pacas e não tinha ônibus. Então, eu tinha uma garruchinha, colocava ela aqui dentro [das calças], mas tirava as balas com medo que ela estourasse aqui dentro, e colocava as balas no bolso. Se eu cara viesse pra cima de mim eu falava: espera eu colocar minhas balas aqui”, relatou ele. “Então, não tem necessidade [ter arma] quem não sabe usar arma”, completou Lula.

Falas dos esportistas e aliados

Antes de Lula, falaram no evento aliados dele, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e os esportistas. Gleisi focou em uma das grandes preocupações do PT nesta reta final, a abstenção.

“Falta pouco [para acabar a eleição] em termos de tempo e de voto, mas pesquisa não é voto na urna”, disse ela, referindo-se aos levantamentos que mostram a possibilidade de Lula vencer a eleição no 1º turno. “Então queria pedir muito a vocês, que são referências, para pedir pras pessoas votarem. Os jovens, que muitas vezes não estão muito antenados, mas acompanham vocês atletas. E mesmo quem quer votar nulo ou branco, os indecisos. Vamos pedir”, concluiu ela.

Por vídeo, o ex-jogador de futebol Raí, que já jogou no São Paulo, PSG e Seleção Brasileira, pediu voto em Lula: “Vermelho é a cor de um partido, de uma ideologia, que busca um mundo mais justo, mais humano, mais inclusivo, uma vida digna pra todos. E o verde e amarelo é de todos nós. O que defendo não é o voto útil, é o voto necessário”, disse.

Já Casagrande, ex-jogador presente no local, disse que a Democracia Corintiana, movimento do qual participou nos anos 1980, “estará sempre ao lado de Lula”. Em seu discurso, o ex-atleta também falou do combate ao racismo e a outros problemas sociais. “Onde tem racismo, homofobia e violência contra a mulher, não tem democracia. Sem demarcação de terras, não tem jogo para os povos indígenas”, discursou ele, em uma das falas mais aplaudidas.

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