Com Alckmin no PSB, federação de Lula tem reunião decisiva na quarta
As legendas PT, PSB, PCdoB e PV voltam a conversar depois da lista de exigências apresentada pelo PSB para compor a federação com o PT
atualizado
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Na próxima quarta-feira (9/3), PT, PSB, PCdoB e PV retomarão conversas sobre a possível federação entre as legendas em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desta vez, o encontro ocorre diante de um cenário diferente, já que foi acertada, nesta segunda-feira (7), a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ao PSB, com a perspectiva de ser o vice na chapa a ser lançada pelo petista.
De acordo com integrantes do PSB, o nome de Alckmin no partido como vice de Lula não entrará na conta para a formação do bloco.
Exigências
O que o PSB diz que levará em consideração para se unir ao PT em federação por, no mínimo 4 anos, será a disposição do partido de Lula em aceitar o principal ponto da lista de exigências: a mudança no critério para o cálculo do número de assentos que cada legenda terá na chamada assembleia da federação, ou seja, o órgão que vai dirigir o bloco. O PT, por sua vez, já se declarou contra a proposta.
Outro ponto reivindicado pelo PSB é a priorização dos candidatos que devem disputar a reeleição. O critério, para a sigla, deve ser utilizado para as candidaturas a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. O PT concorda na adoção dessa forma somente para os prefeitos.
“Haverá uma federação. O PT deve fazer a federação com o PCdoB e PV. A grande questão é se o PSB virá. Eles estão vivendo uma questão interna. Tem gente que quer e tem gente que não quer”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
No PSB, alas contrárias à formação alegam ainda que a discussão em torno da federação tem gerado conflitos desnecessários no ano eleitoral e atrasado as mobilizações que já deveriam estar voltadas para a pré-campanha, propriamente dita, em um cenário de aliança formal.
Aliança nos estados
A formação da federação afeta diretamente as alianças nos estados. Em nome da formação do grupo, o PT já abriu mão de lançar o senador Humberto Costa em Pernambuco para apoiar o nome de Danilo Cabral (PSB). O partido também ensaia uma desistência no Espírito Santo, onde o governador Renato Casagrande (PSB) se prepara para tentar a reeleição.
O PT, no entanto, não abriu mão de lançar o ex-prefeito Fernando Haddad como candidato ao governo de São Paulo, onde o ex-governador Marcio França (PSB) pretendia concorrer. Sem a federação, os partidos ficam livres para redefinir as candidaturas.