1 de 1 PDT confirma Ciro Gomes como candidato à presidência
- Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta quarta-feira (20/7), que o partido tem “conversas em aberto” com o União Brasil e com o PSD para uma eventual chapa para as eleições. A vontade do pedetista é de que seu nome à vice seja de uma mulher, em estratégia para ampliar sua aceitação junto ao eleitorado feminino – maioria no país.
“Nós temos a conversa em aberto com o União Brasil, que tem pré-candidato nesse momento, e em aberto com o PSD. Delegamos à nacional a faculdade da busca pelo entendimento”, disse.
Ciro admite, porém, que as negociações pela construção da coligação esbarra no calendário apertado, uma vez que os partidos têm até 15 de agosto para registro das candidaturas.
“Luciano Bivar (União Brasil) é um amigo. Eles pedem que a gente não feche [a chapa] agora porque ainda estão em tratativas. Mas impossível só a reversão da morte física. É delicado, mas vai acontecer muita coisa ainda”, defendeu.
Cálculo de votos
O pedetista, que teve o nome oficializado na convenção partidária realizada nesta tarde, ainda revelou que sua estratégia de campanha será reverter os votos em Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), além da busca pela consolidação do eleitorado que diz votar em um nome alternativo à dupla.
“Em torno de 30% do eleitorado que não quer Lula nem Bolsonaro. Dos votos de Lula, 15% correspondem ao voto burguês, da classe alta que vota no Lula para derrotar Bolsonaro. Outros 9% votam em Bolsonaro para que o PT não volte. Então esse é o cálculo que fazemos”, explicou.
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Ciro Ferreira Gomes, nascido em 1957, é um professor, advogado, ex-governador do Ceará, ex-prefeito de Fortaleza, ex-ministro e político brasileiro. Natural de Pindamonhangaba, em São Paulo, foi anunciado como pré-candidato à Presidência da República
Reprodução/ Instagram
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Gomes foi criado em Sobral, no Ceará, de onde é a família paterna dele. Cursou direito na Universidade Federal do Ceará (UFC) e, aos 23 anos, se tornou advogado e professor universitário
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Em 1982, Ciro Gomes se candidatou a deputado estadual pelo Partido Democrático Social (PDS), mesmo partido do progenitor, e foi eleito. No ano seguinte, assumiu o primeiro mandato e filiou-se ao Partido do Movimento Democrático (PMDB). Na eleição posterior, foi reeleito
Fábio Vieira/Metrópoles
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Mais tarde, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e disputou a prefeitura de Fortaleza. Eleito, tomou posse do cargo em 1989. No ano seguinte, ganhou a eleição para governador do Ceará e tornou-se o segundo chefe do Executivo estadual mais novo do país à época
Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil
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Durante o governo de Ciro, no entanto, um fato chamou a atenção da nação. Uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, no Ceará, fez com que o arcebispo dom Aluísio Lorscheider fosse sequestrado por presos que exigiam armas e munições. No momento em que a confusão ocorreu, dom Aluísio visitava o presídio com outros bispos para denunciar as más condições do local
Vinícius Santa Rosa/ Metrópoles
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Presos e reféns deixaram o presídio em um carro blindado após negociações conduzidas por Ciro
Reprodução/Twitter
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Após deixar o governo do estado, o político se tornou ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Também foi ministro da Integração Nacional, durante o governo Lula, sendo responsável pela obra de transposição do Rio São Francisco. Ele é candidato à Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT)
Michael Melo/Metrópoles
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Em 1998, concorreu, pela primeira vez, à Presidência. Não eleito, tentou, outra vez, êxito nas urnas durante a corrida presidencial, em 2002. No entanto, naquele ano ficou em quarto lugar, com 12% dos votos. Em 2018, já filiado ao PDT, Ciro Gomes se candidatou, pela terceira vez, ao cargo de presidente da República, mas terminou em terceiro lugar
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Entre 2007 e 2010, Ciro Gomes exerceu o cargo de deputado federal pelo PSB. À época, foi o segundo deputado mais votado do Brasil, ficando atrás de Paulo Maluf. Em 2013, foi nomeado secretário estadual de Saúde do Ceará pelo governador Cid Gomes, irmão dele. Dois anos depois, assumiu novamente o comando da secretaria durante o governo de Camilo Santana
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Em 2015, foi contratado como diretor da Transnordestina e, mais tarde, se tornou presidente da empresa. Ele também já foi um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional. Dois anos dpeois, tornou-se vice-presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT)
Reprodução / Youtube
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Desde às eleições de 2018, Gomes vem fazendo oposição ao governo Bolsonaro. Além do presidente, Sergio Moro e Lula também são alvos constantes de Ciro. Recentemente,
o ex-governador do Ceará lançou oficialmente sua pré-candidatura à presidência da República para as eleições 2022
reprodução
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Ciro é pai de quatro filhos: Gael Gomes, Lívia Saboya Ferreira Gomes, Yuri Saboya Ferreira Gomes, Ciro Saboya Ferreira Gomes, e é casado com Giselle Bezerra. Além de Giselle,
Ciro já teve outras duas esposas: Patrícia Saboya e a atriz Patricia Pillar
WALFRIDO-WARDE-IREE-DIÁLOGOS
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Durante o relacionamento com Patrícia Pillar, inclusive, o político se envolveu em polêmicas. Uma delas ocorreu durante uma entrevista a um jornalista. Ao ser indagado sobre o papel e a possível exploração da imagem da atriz na vida política de Gomes, ele respondeu que era dos “mais importantes”, pois seria o de “dormir com ele”
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Além disso, boatos de que Gomes teria batido em Patrícia também passou a circular na internet. Contudo, tanto a atriz quando o advogado negaram as acusações e informaram que se tratava de uma informação falsa com o intuito de manchar a imagem do político
JP Rodrigues/Especial para Metrópoles
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Ciro já lançou quatro livros na área de economia política: No País dos Conflitos, O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo, Um Desafio Chamado Brasil e Projeto Nacional: O Dever da Esperança
Reprodução
Ciro avalia, ainda, que apesar da polarização do eleitorado entre Bolsonaro e Lula, que concentram maioria dos votos, o cenário eleitoral atual é mais favorável a ele do que em 2018, quando também concorreu ao Palácio do Planalto.
“Nesta data, na eleição passada, eu tinha 4% dos votos. Agora, eu entro já com 12%. O cenário é muito mais favorecido… A vantagem é que nesse momento com as convenções se encerra um ciclo de especulação. Eu tô doido pra pedir voto e, a partir da homologação, já posso pedir voto”, finalizou.
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