Ciro Gomes ataca Lula, mas diz que Bolsonaro é pior do que petista
Ex-ministro e pré-candidato à Presidência da República voltou a defender diálogo com partidos da chamada terceira via
atualizado
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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência da República, atacou, nesta quarta-feira (20/4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é pior.
“Lula hoje é parte central do problema. A despolitização, a falta de pudor, a falta de humildade, o não aprendizado. Nós levamos o povo para a rua. Uma companheira nossa perdeu olho em 2016 e, no ano seguinte, Lula estava com promotores do golpe”, disse.
“O escândalo de corrupção generalizado no Brasil que Lula promoveu não ensinou nada. Lula acabou de fazer acordo com Geddel Vieira Lima na Bahia. Não aprendeu nada. Ele está dizendo que vai manter presidente do Banco Central do Bolsonaro. Não é possível conciliar com isso, isso está destruindo o Brasil. Não há nenhuma chance de voltar a se aliar com Lula”, declarou Ciro, em sabatina promovida por UOL/Folha.
O presidenciável negou que tenha viajado para não votar após o primeiro turno das eleições de 2018. Ele disse que declarou apoio ao ex-prefeito Fernando Haddad (PT), ao dizer que votaria contra o fascismo.
Ao ser questionado quem era pior: Lula ou Bolsonaro, o pedetista brincou: “Vale morrer?”. “Pior é Bolsonaro, porque é grande corrupto, um grande incompetente e é fascista. Lula é uma pessoa que não tem nenhum escrúpulo de natureza moral, é arquiconservador, está destruindo a política do campo progressista, mas é do campo da democracia. Isso faz uma diferença”, emendou.
“Se apresenta no Brasil na dinâmica política alguém que derrota Bolsonaro, eu derroto Bolsonaro. Eu prometo que derroto Bolsonaro com 30 pontos de vantagem porque comigo ele não aguenta o debate. Ele aguenta com Lula. Eu deixo ele molhadinho. Deixo ele como pano de prato porque conheço ele muito bem. Ele não vai no debate comigo, ele tem pavor”, disse.
O pedetista reiterou que segue negociação com PSD e União Brasil, mas que aceita que se estenda para MDB, PSDB e Cidadania. Ciro voltou a dizer que o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União-SP) era a única restrição que tinha à chamada terceira via e pregou diálogo.