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Ciro após críticas por fala sobre favela: “Procuram cabelo em ovo”

Durante encontro com empresários, o pedetista afirmou que explicar economia em uma periferia é mais difícil do que “para gente preparada”

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Candidato Ciro Gomes participa de evento da Unecs
1 de 1 Candidato Ciro Gomes participa de evento da Unecs - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência da República, justificou, nesta quinta-feira (1º/9), a declaração sobre favelas dada em evento no Rio de Janeiro na noite de quarta (31/8). O pedetista também afirmou que as críticas são “hipocrisia” de pessoas que “ficam procurando cabelo em ovo”.

A fala polêmica ocorreu em palestra para empresários, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), para detalhar o plano econômico. Na ocasião, Ciro afirmou que o evento era um “comício para gente preparada”, e que seria difícil abordar o tema em uma periferia.

A declaração foi feita ao ser elogiado e ter a apresentação comparada com uma aula pelo empresário Luiz Césio Caetano. “Na verdade, é um comício, né? Um comício para gente preparada. Você imagina eu explicar isso na favela, isso é um serviço pesado”, respondeu Ciro, aos risos.

Veja o momento:

Nesta quinta, Ciro disse que temas econômicos costumam ser debatidos em uma “linguagem que só pessoas que tiveram oportunidade de iniciar esses assuntos entendem”.

O pedetista afirmou que está tentando traduzir a linguagem econômica para o público geral. “Estou tentando fazer muita gente fazer o que estou fazendo, subir o morro, onde eu estava ontem explicando pedagogicamente do que se trata”, justificou.

Além de explicar a fala, Ciro Gomes rebateu as críticas que recebeu pelo discurso. “Esta é a única agenda de economia popular disponível no Brasil. Ela tem elementos que precisam de multiplicadores. A ‘banqueirada’ é dona da grande mídia e tenta desviar o debate para essas coisas. Todo dia ficam procurando cabelo em ovo, e eu estou dizendo uma coisa simples”, afirmou.

Nesta quinta, Ciro Gomes cumpre agenda em São Paulo. Durante a manhã, o candidato recebeu o plano País pela Infância e Adolescência, produzido pelo movimento Agenda 227. Às 20h, o pedetista participa de entrevista na rede de televisão CNN.

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Gomes foi criado em Sobral, no Ceará, de onde é a família paterna dele. Cursou direito na Universidade Federal do Ceará (UFC) e, aos 23 anos, se tornou advogado e professor universitário
Em 1982, Ciro Gomes se candidatou a deputado estadual pelo Partido Democrático Social (PDS), mesmo partido do progenitor, e foi eleito. No ano seguinte, assumiu o primeiro mandato e filiou-se ao Partido do Movimento Democrático (PMDB). Na eleição posterior, foi reeleito
Mais tarde, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e disputou a prefeitura de Fortaleza. Eleito, tomou posse do cargo em 1989. No ano seguinte, ganhou a eleição para governador do Ceará e tornou-se o segundo chefe do Executivo estadual mais novo do país à época
Durante o governo de Ciro, no entanto, um fato chamou a atenção da nação. Uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, no Ceará, fez com que o arcebispo dom Aluísio Lorscheider fosse sequestrado por presos que exigiam armas e munições. No momento em que a confusão ocorreu, dom Aluísio visitava o presídio com outros bispos para denunciar as más condições do local
Presos e reféns deixaram o presídio em um carro blindado após negociações conduzidas por Ciro
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Ciro Ferreira Gomes, nascido em 1957, é um professor, advogado, ex-governador do Ceará, ex-prefeito de Fortaleza, ex-ministro e político brasileiro. Natural de Pindamonhangaba, em São Paulo, foi anunciado como pré-candidato à Presidência da República

Reprodução/ Instagram
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Gomes foi criado em Sobral, no Ceará, de onde é a família paterna dele. Cursou direito na Universidade Federal do Ceará (UFC) e, aos 23 anos, se tornou advogado e professor universitário

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Em 1982, Ciro Gomes se candidatou a deputado estadual pelo Partido Democrático Social (PDS), mesmo partido do progenitor, e foi eleito. No ano seguinte, assumiu o primeiro mandato e filiou-se ao Partido do Movimento Democrático (PMDB). Na eleição posterior, foi reeleito

Fábio Vieira/Metrópoles
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Mais tarde, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e disputou a prefeitura de Fortaleza. Eleito, tomou posse do cargo em 1989. No ano seguinte, ganhou a eleição para governador do Ceará e tornou-se o segundo chefe do Executivo estadual mais novo do país à época

Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil
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Durante o governo de Ciro, no entanto, um fato chamou a atenção da nação. Uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, no Ceará, fez com que o arcebispo dom Aluísio Lorscheider fosse sequestrado por presos que exigiam armas e munições. No momento em que a confusão ocorreu, dom Aluísio visitava o presídio com outros bispos para denunciar as más condições do local

Vinícius Santa Rosa/ Metrópoles
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Presos e reféns deixaram o presídio em um carro blindado após negociações conduzidas por Ciro

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Após deixar o governo do estado, o político se tornou ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Também foi ministro da Integração Nacional, durante o governo Lula, sendo responsável pela obra de transposição do Rio São Francisco. Ele é candidato à Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT)

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Em 1998, concorreu, pela primeira vez, à Presidência. Não eleito, tentou, outra vez, êxito nas urnas durante a corrida presidencial, em 2002. No entanto, naquele ano ficou em quarto lugar, com 12% dos votos. Em 2018, já filiado ao PDT, Ciro Gomes se candidatou, pela terceira vez, ao cargo de presidente da República, mas terminou em terceiro lugar

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Entre 2007 e 2010, Ciro Gomes exerceu o cargo de deputado federal pelo PSB. À época, foi o segundo deputado mais votado do Brasil, ficando atrás de Paulo Maluf. Em 2013, foi nomeado secretário estadual de Saúde do Ceará pelo governador Cid Gomes, irmão dele. Dois anos depois, assumiu novamente o comando da secretaria durante o governo de Camilo Santana

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Em 2015, foi contratado como diretor da Transnordestina e, mais tarde, se tornou presidente da empresa. Ele também já foi um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional. Dois anos dpeois, tornou-se vice-presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT)

Reprodução / Youtube
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Desde às eleições de 2018, Gomes vem fazendo oposição ao governo Bolsonaro. Além do presidente, Sergio Moro e Lula também são alvos constantes de Ciro. Recentemente, o ex-governador do Ceará lançou oficialmente sua pré-candidatura à presidência da República para as eleições 2022

reprodução
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Ciro é pai de quatro filhos: Gael Gomes, Lívia Saboya Ferreira Gomes, Yuri Saboya Ferreira Gomes, Ciro Saboya Ferreira Gomes, e é casado com Giselle Bezerra. Além de Giselle, Ciro já teve outras duas esposas: Patrícia Saboya e a atriz Patricia Pillar

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Durante o relacionamento com Patrícia Pillar, inclusive, o político se envolveu em polêmicas. Uma delas ocorreu durante uma entrevista a um jornalista. Ao ser indagado sobre o papel e a possível exploração da imagem da atriz na vida política de Gomes, ele respondeu que era dos “mais importantes”, pois seria o de “dormir com ele”

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Além disso, boatos de que Gomes teria batido em Patrícia também passou a circular na internet. Contudo, tanto a atriz quando o advogado negaram as acusações e informaram que se tratava de uma informação falsa com o intuito de manchar a imagem do político

JP Rodrigues/Especial para Metrópoles
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Ciro já lançou quatro livros na área de economia política: No País dos Conflitos, O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo, Um Desafio Chamado Brasil e Projeto Nacional: O Dever da Esperança

Reprodução

Manifestação nas redes

Na quarta-feira, após a repercussão negativa do vídeo, Ciro Gomes usou as redes sociais para se manifestar sobre o episódio. Ele afirmou que fazia uma apresentação “sobre temas extremamente técnicos – capazes de serem entendidos por poucos” e que fez, inclusive, uma autocrítica pelo vocabulário. “Daí a dizer que menosprezei moradores das favelas é muita má fé”, disse.

“Usei o termo “gente preparada” no sentido técnico, nunca como menosprezo à sabedoria popular. Que amo e respeito”, continuou. O candidato também atribuiu que o recorte de sua fala viralizou “com medo do nosso crescimento, as máquinas do ódio do petismo e do bolsonarismo destamparam suas usinas de agressões, fake news e manipulações”.

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