Casa Branca diz estar “contente” após Bolsonaro reconhecer derrota
Porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, comentou nesta terça-feira (2/11) o breve pronunciamento de Bolsonaro
atualizado
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A Casa Branca está “contente” que Jair Bolsonaro (PL) reconheceu a derrota nas eleições deste ano. O atual presidente passou 44 horas em silêncio sobre o resultado do pleito, que perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, falou sobre o Brasil nesta terça-feira (2/11):
“Estamos satisfeitos em ver que o presidente Bolsonaro reconheceu os resultados da eleição e autorizou o início do processo de transição. O TSE determinou que quem venceu as eleições livres e justas foi o presidente eleito Lula. A vontade do povo do Brasil deve ser respeitada.”
A Casa Branca reconheceu o resultado das eleições brasileiras menos de 1h após o fim da apuração. Joe Biden, presidente norte-americano, conversou com Lula durante cerca de 20 minutos na segunda-feira (31/10) para parabenizá-lo pela vitória.
Lula recebeu 50,9%, enquanto Bolsonaro somou 49,1% no domingo. Nessa terça-feira, Bolsonaro reconheceu a derrota em breve discurso.
Em nota, a Casa Branca informou que, durante a ligação, Biden ” elogiou a força das instituições democráticas do Brasil após eleições livres, justas e confiáveis”.
“Os dois líderes discutiram a forte relação entre o Brasil e os Estados Unidos e se comprometeram a continuar trabalhando para enfrentar desafios comuns, incluindo o combate às mudanças climáticas, a garantia da segurança alimentar, a promoção da inclusão e da democracia, e o gerenciamento da migração regional”, afirmou o governo americano.
Bolsonaro demorou 28 dias para reconhecer a vitória de Joe Biden em meio a acusações trumpistas de fraude.
A Casa Branca disparou comunicado à imprensa às 20h33, pouco mais de meia hora após a confirmação oficial. Quando o democrata foi eleito presidente dos EUA, em 2020, Bolsonaro demorou 38 dias para parabenizá-lo —apoiador de primeira hora do ex-presidente Donald Trump, o brasileiro ainda ecoou alegações de fraude na eleição americana.