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Caravana de Michelle explora fake news contra o PT barradas pelo TSE

Primeira-dama associa PT à ditadura de esquerda e à perseguição a igrejas, enquanto aliadas bolsonaristas falam de aborto e censura

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michelle bolsonaro e carla zambelli
1 de 1 michelle bolsonaro e carla zambelli - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A caravana de mulheres liderada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial tem repetido fake news exploradas pela campanha e por aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) que já foram barradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Michelle está rodando o país com o objetivo de diminuir a rejeição do marido junto ao eleitorado feminino e intensificar a batalha religiosa pelo voto evangélico, batizada por ela como “guerra espiritual”, para tentar virar a disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma série de eventos realizados na quarta-feira (19/10) em São Paulo, Michelle, a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e senadora eleita Damares Alves (Republicanos), e as deputadas federais Bia Kicis (PL), Carla Zambelli (PL) e Celina Leão (PP) usaram o aborto, a perseguição às igrejas, a censura e a ameaça do comunismo para criticar Lula e atacar o PT.

Michelle associou o adversário à ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua, no mesmo dia em que o TSE ordenou a remoção de postagens de bolsonaristas com esse tipo de conteúdo das redes sociais. “Perseguição às igrejas, o que estão fazendo na Nicarágua, a perseguição está claro”, disse a primeira-dama, quando apontava as diferenças entre o governo Bolsonaro e o PT. “Nunca foi tão fácil escolher um lado”, completou.

Em outra fala, a mulher de Bolsonaro insinuou que Lula “agride os pastores e os padres” e o chamou de mentiroso porque “sempre apoiou o aborto e agora é pró-família” por causa da eleição. “Pastor é para estar na igreja e bandido é para estar na cadeia. (Lula) Não tem nenhuma moral para falar das lideranças religiosas”, completou.

A ex-ministra Damares Alves, recém-eleita senadora pelo Distrito Federal, centrou boa parte de seu discurso no aborto e disse que o Brasil é a última fronteira contra uma política abortista no mundo e insinuou que a esquerda defende a morte de crianças. “Nós vamos ter a possibilidade no dia 30 de decidir sobre vida ou morte. É isso. ‘A senhora está exagerando?’ Não estou”, afirmou Damares.

O TSE também já determinou a remoção de vídeos publicados por bolsonaristas afirmando que Lula irá legalizar o aborto. O candidato do PT também divulgou nesta quarta-feira uma carta aos evangélicos dizendo ser “contra o aborto” e defensor da “liberdade religiosa”.

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Primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado da deputada federal Carla Zambelli (PL)
Senador eleito por São Paulo, Marcos Pontes (PL)
Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Silvia Waiãpi (PL), deputada federal eleita no Amapá
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Bia Kicis, presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle

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Damares Alves (Republicanos-DF) deve ser indicada à CPI Mista

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Celina Leão (PP), vice-governadora eleita do Distrito Federal

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A deputada Carla Zambelli, uma das organizadoras dos eventos com mulheres e lideranças religiosas que apoiam Bolsonaro, explorou a proposta de regulação da mídia defendida por Lula para dizer que em um novo governo petista restará aos veículos de comunicação “se ajoelhar ao PT ou serem censurados”.

“Eu fico abismada vendo a imprensa apoiar alguém que já disse mais de oito vezes que vai regular a imprensa, regular a mídia, ou seja, querer nos controlar. Já ouvi, inclusive, que ele vai obrigar todo mundo a tomar vacina da Covid. Covid já acabou. Porque é uma forma de controle social”, afirmou a deputada Bia Kicis (PL).

Já a deputada federal Celina Leão (PP), eleita vice-governadora do Distrito Federal, direcionou seu discurso de censura petista ao público jovem. “Os nossos jovens, às vezes, ficam pensando que é moderno votar no PT. Moderno aonde? Você vai ver quando esse telefone seu tiver censurado, se é moderno votar no PT. Você vai ver quando isso estiver acontecendo, quando você tiver que lutar contra uma ditadura. Isso é que as mães e os pais têm que falar para os seus filhos”, afirmou.

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