Capitã Cloroquina segue Bolsonaro no PL e mira a Câmara dos Deputados
Coronel da Polícia Militar do Ceará Antônio Agnaldo de Oliveira, marido da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), também se filiou à legenda
atualizado
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A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro anunciou nesta quarta-feira (2/2) a filiação ao Partido Liberal (PL), mesma sigla do presidente Bolsonaro. Popularmente conhecida por “Capitã Cloroquina” – pela defesa do tratamento com o medicamento sem comprovação de eficácia para a Covid-19 -, Mayra vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Ceará.
Ela já foi candidata anteriormente à Câmara, em 2014, e ao Senado Federal, em 2018. Em sua conta do Twitter, anunciou a filiação ao PL ao lado do presidente do partido, Valdemar Costa Neto. “Começando uma nova história a serviço do Brasil”, escreveu.
O coronel da Polícia Militar do Ceará Antônio Agnaldo de Oliveira, marido da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), também se filiou, nesta quarta-feira, ao partido de Costa Neto.
Dois cearenses, duas áreas essenciais, saúde e segurança pública, e um só compromisso: servir ao Brasil. Filiados em 02/02/22. pic.twitter.com/DnZvVfQxTP
— Dra. Mayra Pinheiro (@dramayraoficial) February 2, 2022
Visita ao reduto eleitoral
Na última semana, Mayra passou seis dias em encontros com a equipe estadual da saúde do Ceará, seu reduto eleitoral, onde concedeu entrevistas em rádios de algumas cidades, visitou hospitais e promoveu eventos.
Nos dias que esteve em seu reduto eleitoral, Pinheiro, por intermédio de sua secretaria, organizou a Ação de Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde na Macrorregião do Cariri, um evento para 45 cidades, no último dia 27.
O encontro, porém, não teve a anuência do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems), vinculado ao Conasems. A entidade entendeu que, em função do momento agudo de registros de casos de Covid por conta da Ômicron, não era hora de os secretários e outros profissionais de saúde deixarem os postos nas suas respectivas cidades.
A “Capitã Cloroquina”, no entanto, não quis saber dos apelos do conselho: manteve o evento, criticou o Cosems e ainda refutou que a decisão fosse “política”.