metropoles.com

Capa da Time, Lula critica Zelensky: “Tão responsável quanto Putin”

O ex-presidente disse que teria agido para evitar a guerra da Ucrânia e criticou Biden, Zelensky e Putin por forçarem o conflito

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Times/Reprodução
Lula é capa da revista Times
1 de 1 Lula é capa da revista Times - Foto: Times/Reprodução

Uma entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que será lançado pré-candidato no próximo sábado (7/5), foi divulgada nesta quarta-feira (4/5) pela revista norte-americana Time.

Sob o título “Lula, segundo ato”, a revista classifica a volta do petista à política do país como uma “bomba”. Tal retorno foi viabilizado após a Justiça brasileira e a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecerem que os processos contra ele foram invalidados.

Lula falou bastante de política internacional. E, como não podia deixar de ser, discursou sobre qual seria sua atitude perante a guerra da Ucrânia, deflagrada no dia 24 de fevereiro, um mês antes da entrevista. Segundo o petista, sua atuação seria no sentido de atuar para evitar o conflito.

12 imagens
De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
1 de 12

Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

Fábio Vieira/Metrópoles
2 de 12

De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 12

Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

Fábio Vieira/Metrópoles
4 de 12

Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

Fábio Vieira/Metrópoles
5 de 12

Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

Ricardo Stuckert
6 de 12

Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

Reprodução/YouTube
7 de 12

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
8 de 12

Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

Fábio Vieira/Metrópoles
9 de 12

Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

Fábio Vieira/Metrópoles
10 de 12

Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

Fábio Vieira/Metrópoles
11 de 12

Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

Fábio Vieira/Metrópoles
12 de 12

Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

 

“Se fosse presidente hoje, teria ligado para o [Joe] Biden, teria ligado para o Putin, para a Alemanha, para o [Emmanuel] Macron, porque a guerra não é saída. Eu acho que o problema é que, se a gente não tentar, a gente não resolve. É preciso tentar”, disse o petista.

O entrevistado ainda opinou a respeito da Venezuela e criticou Estados Unidos e União Europeia por terem “adotado” o líder da oposição a Nicolás Maduro, Juan Guaidó, então líder da Assembleia Nacional no país vizinho. Em 2019, Guaidó se autoproclamou presidente e teve reconhecimento norte-americano e de países da Europa.

“Às vezes, eu fico preocupado. Você não brinca com democracia. O Guaidó teria que ser eleito para ser presidente da Venezuela. A burocracia não substitui a política. Na política, são os dois chefes que mandam, os dois que foram eleitos pelo povo, que têm que sentar numa mesa de negociação, olho no olho, e conversar”, ponderou Lula.

O petista não poupou críticas ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: “Agora, às vezes, fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado”.

“O Saddam Hussein era tão culpado quanto o (ex-presidente norte-americano George) Bush. Porque o Saddam Hussein poderia ter dito: ‘Pode vir aqui visitar e eu vou provar que eu não tenho armas’. Ele ficou mentindo para o seu povo. Agora, esse presidente da Ucrânia poderia ter dito: ‘Olha, vamos deixar para discutir esse negócio da Otan e esse negócio da Europa mais para frente. Vamos primeiro conversar um pouco mais’”, sugeriu Lula.

Prisão

A entrevista ocorreu no fim de março e foi divulgada somente agora. Na conversa, Lula também discorreu sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), seus planos para um eventual governo e o tempo que passou na prisão.

Para o semanário, Lula mencionou o astro do futebol americano Tom Brady, casado com a brasileira Gisele Bündchen, para dizer que “tem clareza” de que pode resolver os problemas do país.

“O futebol americano tem um jogador, que aliás é casado com uma brasileira que é modelo, e é o melhor jogador do mundo há muito tempo. A cada jogo que ele faz, a torcida fica exigindo que ele jogue melhor do que no jogo anterior. No caso da Presidência, é a mesma coisa. Só tem sentido eu estar candidato à Presidência da República porque acredito que sou capaz de fazer mais e fazer melhor do que eu já fiz”, disse o petista.

De acordo com Lula, os problemas do país só serão resolvidos quando os pobres participarem da economia. “Quando os pobres estiverem participando do orçamento, quando os pobres estiverem trabalhando, quando os pobres estiverem comendo. Isso só é possível se você tiver um governo que tenha compromisso com as pessoas mais pobres”, repetiu o ex-presidente.

Lula disse que, mesmo diante de seus impedimentos legais, que agora foram resolvidos, ele nunca desistiu da política.

“Eu, na verdade, nunca desisti da política. A política está em cada célula minha, a política está no meu sangue, está na minha cabeça. Porque o problema não é a política simplesmente, o problema é a causa que te leva à política. E eu tenho uma causa”, frisou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?