Candidatos de Lula e Bolsonaro ao Senado lideram em 18 das 27 UFs
Levantamento feito pelo Metrópoles indica paridade entre os dois presidenciáveis na corrida pela vagas para senador
atualizado
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A rivalidade entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo comando do Palácio do Planalto tem reverberado nas disputas para o Senado Federal.
Levantamento feito pelo Metrópoles com base nas pesquisas de intenção de voto para senador aponta que candidatos bolsonaristas e nomes associados ao petista lideram em, pelo menos, 18 das 27 unidades da Federação.
Os números indicam paridade entre Lula e Bolsonaro na corrida pela vagas para senador.
Candidatos associados ao atual mandatário do país aparecem à frente em nove estados, são eles:
- Acre: Alan Rick (União Brasil);
- Distrito Federal: Flávia Arruda (PL);
- Mato Grosso: Wellington Fagundes (PL);
- Mato Grosso do Sul: Tereza Cristina (PL);
- Minas Gerais: Cleitinho (PSC);
- Rio de Janeiro: Romário (PL);
- Rondônia: Mariana Carvalho (Republicanos);
- Roraima: Dr Hiran (PP);
- Santa Catarina: Raimundo Colombo (PSD).
Aliados de Lula, por sua vez, lideram em outras nove unidades da Federação. Confira:
- Alagoas: Renan Filho (MDB);
- Amazonas: Omar Aziz (PSD);
- Bahia: Otto Alencar (PSD);
- Ceará: Camilo Santana (PT);
- Maranhão: Flávio Dino (PSB);
- Paraíba: Ricardo Coutinho (PT);
- Pernambuco: Teresa Leitão (PT);
- Piauí: Wellington Dias (PT);
- São Paulo: Márcio França (PSB).
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Em outros quatro estados, houve empate técnico entre candidatos. No Espírito Santo, o aliado do atual presidente Magno Malta (PL) aparece empatado com Rose de Freitas (MDB), que diz apoiar Simone Tebet (MDB) à Presidência.
O acirramento da corrida por uma cadeira de senador se repete no Pará, onde Mário Couto, do PL de Bolsonaro, empata com Beto Faro, do PT de Lula, e em Sergipe, com Eduardo Amorim (PL) disputando voto a voto com Valarades Filho (PSB). No Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT) empata com Aná Amélia (PSD).
Todos os resultados correspondem ao levantamento feito pela reportagem com base em pesquisas de intenção de voto registradas pelos institutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizadas nos meses de agosto e setembro. Considerou-se apenas o cenário estimulado, quando o eleitor, antes de responder às perguntas, recebe uma lista com o nome dos candidatos ao pleito.
Mesmo com metodologias diferentes nas pesquisas, houve convergência nos resultados em todas as 27 unidades da Federação. Para a análise, foram escolhidos os levantamentos mais recentes – divulgados até a última sexta-feira (23/9).
Tradição se mantém
O cientista político André Rosa explica que, tradicionalmente, o cenário das eleições para o Poder Legislativo costumam acompanhar o das eleições para o Executivo. “Em 2018, por exemplo, na eleição de Bolsonaro para presidente, houve, no Congresso, crescimento da bancada do PSL, então partido do presidente. Com o quadro bem polarizado neste ano, é natural essa equidade no Senado”, explica.
Outro ponto destacado por Rosa é o formato da eleição para o cargo de senador. “É uma eleição majoritária, não é proporcional. Até por este motivo, é bem normal termos uma configuração como esta, ainda mais porque Lula e Bolsonaro têm feito várias declarações cobrando votos nos parlamentares do PT e PL”, acrescenta o professor da Acrópole Relações Governamentais.
Desempenho da 3ª via
O Metrópoles também mediu o desempenho de candidatos ao Senado que integram o escopo da chamada terceira via. Assim como no cenário entre presidenciáveis, os dados apontam grande dificuldade dos nomes alternativos a Lula e Bolsonaro de deslanchar junto ao eleitorado.
O PDT de Ciro Gomes, por exemplo, só lidera em um dos 27 estados. No Rio Grande do Norte, o pedetista Carlos Eduardo é o mais cotado para levar a disputa ao Senado. Apoiadores de Tebet, Alvaro Dias (Podemos) e Marconi Perillo (PSDB) aparecem à frente nas intenções de voto para senador no Paraná e em Goiás, respectivamente.
O União Brasil, cuja candidata ao Planalto é Soraya Thronicke, tem Dorinha na liderança, para eleger-se por Tocantins, e o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre, para o Amapá.
Sabrina Bomtempo, estrategista política da Baselab, avalia que estas eleições não favorecem candidatos de partidos de centro. “Não é uma eleição para candidato de centro. Vemos um forte reflexo da polarização contaminar todas as camadas, como das disputas de governo e Senado. Poderemos ter um Parlamento mais dividido, caso as projeções se confirmem”, defende.
As pesquisas utilizadas pela reportagem no levantamento foram registradas sob os protocolos: AC-03861/2022 e BR-00155/202; AL-01435/202; AP‐04681/2022 e BR‐03265/2022; AM-01902/2022; BA – 05576/2022 e BR – 04999/2022; CE-03914/2022 e BR-02694/2022; BR-00056/2022 e DF-03544/2022; BR-08282/2022; BR-00938/2022 e GO06085/2022; MA-04923/2022 e BR-08556/2022; BR-03269/2022; PB-01979/2022 e BR-03015/2022; BR-00352/2022; PI-09637/2022 e BR-05787/2022; RJ-07687/2022; BR-00161/2022 e RS-04310/2022; RR-07152/2022 e BR-07216/2022; RO‐00204/2022 e BR‐05301/2022; SC‐07903/2022 e BR‐07730/2022; SP-05582/2022; SE 02694/2022 e BR-00708/2022; e TO‐09696/2022.