Candidato à Presidência pelo Novo declara R$ 24 milhões em bens ao TSE
O patrimônio do cientista político Felipe D’Ávila é o maior declarado à Justiça Eleitoral entre os candidatos ao Planalto até o momento
atualizado
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O candidato do partido Novo à Presidência da República nas eleições de 2022, Felipe D’Ávila, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) R$ 24,6 milhões em bens. Felipe D’Ávila, 58 anos, é cientista político e fez mestrado em administração pública pela Universidade de Harvard. Fundou, em 2008, o Centro de Liderança Pública, uma organização sem fins lucrativos dedicada à formação de líderes políticos.
É também escritor e tem 10 títulos publicados, sendo o livro 10 Mandamentos: do país que somos para o Brasil que queremos a sua obra mais recente. Esta é a primeira vez em que ele se candidata a um cargo público. Em 2018, D’Ávila foi um dos coordenadores da campanha do então tucano Geraldo Alckmin, que ficou em quarto lugar na disputa.
O patrimônio de D’Ávila é o maior entre os presidenciáveis que já protocolaram o nome para a disputa ao Palácio do Planalto. Na declaração à Justiça Eleitoral, ele apresenta uma casa no valor de R$ 983,5 mil e outra de R$ 2,3 milhões, além de uma aplicação de renda fixa de R$ 238,5 mil e uma outra aplicação de R$ 1,3 mil. O restante do patrimônio, cerca de R$ 21 milhões, é identificado como “quotas ou quinhões de capital”.
A candidata do PCB, Sofia Manzano, declarou ao TSE R$ 498 mil em imóveis e caderneta de poupança. Já Leonardo Péricles (UP) declarou R$ 197,31 em caderneta de poupança.
O coach Pablo Marçal, do Pros, registrou sua candidatura com R$ 16,9 milhões em bens declarados, mas o desfecho de sua chapa está indefinido porque o partido decidiu apoiar a chapa Lula-Alckmin após uma decisão judicial que trocou nomes de sua Executiva Nacional. No domingo (31/7), o vice-presidente do STJ, ministro Jorge Mussi, havia concedido a liderança da legenda a Eurípedes Júnior, fundador do partido. Na quarta-feira (3/8), houve nova decisão, anulando a primeira, e agora a expectativa é de que seja mantida a candidatura própria do Pros. “O Lula é tão ladrão que tentou roubar a minha candidatura”, reclamou Marçal, em entrevista à coluna Grande Angular, do Metrópoles.
Os demais postulantes ainda não registraram seus nomes.
Defensor da agenda liberal, D’Ávila promete, caso eleito presidente, privatizar as empresas estatais brasileiras, a começar pela Petrobras.
É a segunda vez que o Novo apresenta candidato ao Palácio do Planalto. Em 2018, o candidato da sigla foi o banqueiro João Amoêdo, que registrou um patrimônio ainda maior: R$ 425 milhões.
Chapa puro-sangue
No sábado (30/7), o Novo aprovou uma chapa puro-sangue ao Palácio do Planalto. O candidato a vice-presidente é o deputado federal Tiago Mitraud (MG).
O deputado federal Vinicius Poit deve ser o candidato do partido ao governo de São Paulo. Para o Senado pelo estado, o nome escolhido foi do advogado Ricardo Mellão.
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