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Candidato a deputado sofre ataque racista na Bahia: “Fique na senzala”

A casa de Mazo (PSB), em Feira de Santana (BA), foi alvo de pichação com ofensa racista . O candidato registrou boletim de ocorrência

atualizado

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Reprodução/Redes
foto colorida de homem negro na frente do portão de casa ao lado de pichação racista
1 de 1 foto colorida de homem negro na frente do portão de casa ao lado de pichação racista - Foto: Reprodução/Redes

Em Feira de Santana, interior da Bahia, o candidato a deputado federal Damazio Santana, conhecido como Mazo (PSB), teve o muro de sua casa pichado com ofensas racistas na madrugada dessa terça-feira (20/9).

Em foto publicada pelo candidato nas redes sociais, é possível ver a frase “fique na senzala” ao lado do portão da residência. Mazo é criador de conteúdo digital.

Veja:

“Acabei de sair na frente da minha casa e vi que fizeram essa pichação”, relatou. “Agora que quero ser deputado federal, as pessoas não me enxergam nesse lugar e não aceitam.”

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Crime imprescritível é aquele que não prescreve, ou seja, que será julgado independentemente do tempo em que ocorreu. No caso do racismo, a Constituição Federal de 1988 determina que, além de ser imprescritível, é inafiançável
O racismo está previsto na Lei 7.716/1989 e ocorre quando pessoas de um determinado grupo são discriminadas de uma forma geral. A pena prevista é de até 5 anos de reclusão
Segundo o advogado Newton Valeriano, “quando uma pessoa dona de um estabelecimento coloca uma placa informando "aqui não entra negro, ou não entra judeu", essa pessoa está cometendo discriminação contra todo um grupo e, dessa forma, responderá pela Lei do Racismo”
Ainda segundo o especialista, “no caso da injúria racial, prevista no Código Penal, a pena é reclusão de 1 a 3 anos, mais multa. Nesses casos, estão ofensas direcionadas a uma pessoa devido à cor e raça. Chamar uma pessoa de macaco, por exemplo, se enquadra neste crime”
Em situações como intolerância racial e religiosa, a vítima deve procurar as autoridades e narrar a situação. “Se o caso tiver sido filmado, é importante levar as imagens. Se não, a presença de uma testemunha é importante”, afirmou Valeriano
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No Brasil, os termos racismo e injúria racial são utilizados para explicar crimes relacionados à intolerância contra raças. Apenas o primeiro é considerado imprescritível

Ilya Sereda / EyeEm
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Crime imprescritível é aquele que não prescreve, ou seja, que será julgado independentemente do tempo em que ocorreu. No caso do racismo, a Constituição Federal de 1988 determina que, além de ser imprescritível, é inafiançável

Xavier Lorenzo
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O racismo está previsto na Lei 7.716/1989 e ocorre quando pessoas de um determinado grupo são discriminadas de uma forma geral. A pena prevista é de até 5 anos de reclusão

Vladimir Vladimirov
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Segundo o advogado Newton Valeriano, “quando uma pessoa dona de um estabelecimento coloca uma placa informando "aqui não entra negro, ou não entra judeu", essa pessoa está cometendo discriminação contra todo um grupo e, dessa forma, responderá pela Lei do Racismo”

Dimitri Otis
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Ainda segundo o especialista, “no caso da injúria racial, prevista no Código Penal, a pena é reclusão de 1 a 3 anos, mais multa. Nesses casos, estão ofensas direcionadas a uma pessoa devido à cor e raça. Chamar uma pessoa de macaco, por exemplo, se enquadra neste crime”

Aja Koska
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Em situações como intolerância racial e religiosa, a vítima deve procurar as autoridades e narrar a situação. “Se o caso tiver sido filmado, é importante levar as imagens. Se não, a presença de uma testemunha é importante”, afirmou Valeriano

FilippoBacci
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No caso do racismo, qualquer pessoa pode denunciar, independentemente de ter ou não sofrido a situação. Para isso, basta procurar uma delegacia e relatar o caso. Se for de injúria racial, no entanto, é necessário que a vítima procure pessoalmente as autoridades

LordHenriVoton
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Além disso, a vítima também pode pedir uma reparação de danos morais na Justiça

LumiNola
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Recentemente, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o crime de injúria racial é uma espécie de racismo e, portanto, é imprescritível. Os ministros chegaram ao posicionamento após analisarem o caso de uma idosa que chamou uma frentista de “negrinha nojenta, ignorante e atrevida”

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Plenário do Senado Federal

Waldemir Barreto/Agência Senado

Mazo registrou, nesta quarta (21/9), boletim de ocorrência em uma delegacia no município. Ele foi acompanhado do presidente municipal do PSB, Beto Tourinho.

Segundo o candidato, não é a primeira vez que ele é alvo de injúria racial nas últimas semanas, durante a campanha eleitoral. “Já tem alguns dias que estou recebendo ligações me ofendendo, falando que eu não deveria entrar na política e também falando da cor da minha pele. Eu acho isso muito pequeno, chato e acaba despertando muitos gatilhos da infância”, desabafou.

Damazio Santana destacou que as intimidações não o pararão. “Todo o poder emana do povo. Eu faço parte do povo e só o povo vai definir onde vou ficar.”

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