Campanha de Bolsonaro se reúne no Alvorada para traçar próximos passos
Um dia após o primeiro turno, aliados e coordenadores da campanha à reeleição do presidente definem novas estratégias
atualizado
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Integrantes da campanha de Jair Bolsonaro (PL) se reúnem, na tarde desta segunda-feira (3/10), com o presidente, no Palácio da Alvorada, para definir os próximos passos da campanha à reeleição. Entre eles, estão o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos principais articuladores políticos do governo, e o coordenador de comunicação da campanha, Fabio Wajngarten.
Bolsonaro não teve compromissos oficiais como presidente da República nesta segunda, mas recebeu aliados no Palácio do Planalto pela manhã. Entre eles, o ex-ministro da Infraestrutura e candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além das duas candidatas mais bem votadas para a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal, Bia Kicis (PL) e Damares Alves (Republicanos).
Bolsonaro disputa o segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma fonte da campanha avalia que o petista poderá ter uma margem menor de votos na segunda votação, marcada para o último domingo do mês (3/10).
Com quase 100% das urnas apuradas no país, Lula contabiliza 48,43% dos votos válidos, um total de 57,2 milhões de votos, enquanto Bolsonaro teve 43,20% dos votos válidos – o equivalente a 51 milhões de votos. Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
13º do Auxílio Brasil
O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que Bolsonaro vai usar o Auxílio Brasil como principal arma na campanha para o segundo turno das eleições deste ano. O alvo será o eleitorado feminino, no qual ele enfrenta maior rejeição.
Nos próximos dias, o atual chefe do Palácio do Planalto pretende anunciar a promessa de que, se reeleito, vai pagar o 13º salário do Auxílio Brasil para as mulheres chefes de família a partir de 2023.
A avaliação do presidente é de que o benefício, que aumentou para R$ 600 em sua gestão, foi pouco explorado na campanha do primeiro turno e precisa ser mais bem trabalhado na segunda etapa do pleito.
Para cumprir a promessa, Bolsonaro precisará aprovar um projeto de lei no Congresso. Em março de 2022, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) apresentou proposta nesse sentido, mas ela não avançou.
A campanha de Bolsonaro avalia que a exploração do Auxílio Brasil como mote vai ajudá-lo a virar votos de eleitoras e, assim, superar o ex-presidente Lula no segundo turno.