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Campanha de Bolsonaro diz que teve 154 mil inserções a menos que Lula

Coordenadores de campanha denunciaram ao TSE desigualdade no número de propagandas exibidas do atual presidente e de Lula em rádios

atualizado

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Fabio Faria
1 de 1 Fabio Faria - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) informou, na noite desta segunda-feira (24/10), que ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre suspostas denúncias de que o candidato à reeleição teria tido 154 mil inserções a menos nas rádios do que o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o ministro das Comunicações, Fabio Faria, a campanha bolsonarista recebeu supostas denúncias sobre o assunto na semana passada. Os números, explicou, dizem respeito apenas às inserções de segundo turno. De acordo com ele, foram contratadas duas empresas para realizar a auditoria dos dados. Questionado, ele não mencionou quais. A ideia é que as mesmas empresas façam o procedimento com as inserções veiculadas em rádio no período que antecedeu o primeiro turno.

Em coletiva à imprensa, no Palácio da Alvorada, Faria disse que, apenas na região Nordeste, Bolsonaro teve 29 mil inserções a menos. O ministro ainda afirmou ter entregue as supostas denúncias ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

“O que a gente quer é o direito igualitário para que a gente possa disputar as eleições sem sermos censurados, cerceados. A gente quer o mesmo direito do outro candidato. E o pano de fundo maior é saber se isso, organicamente, em quase todos os estados, é uma coincidência muito grande. Não quero aqui acusar, mas é uma coincidência muito grande, esse mesmo padrão se repetir em estado por estado, principalmente na região Nordeste”, alegou.

Integrante da campanha à reeleição do presidente, Fabio Wajngarten disse que o número de inserções não veiculadas equivalem a um percentual de 18,24% a menos que Lula. Segundo ele, trata-se de “uma grave violação do sistema eleitoral”.

“Duas empresas de auditorias de mídia, com dados preliminares já entregues à campanha, constataram que na região Nordeste tivemos 29.160 inserções a menos na nossa candidatura, o que correspondem a 241 horas de programação impedida”, declarou.

Veja a íntegra da ação protocolada no TSE:

Denúncia de fraude na propaganda de rádio e pedido de providências by Metropoles on Scribd

Direitos de resposta a Lula

As supostas denúncias vêm a tona dias após a Justiça Eleitoral decidir, por unanimidade, manter a decisão que concedeu à campanha de Lula o direito de resposta na propaganda eleitoral do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. Agora, o petista poderá veicular sua resposta 116 vezes.

Os ministros analisaram a decisão da ministra Maria Bucchianeri, que inicialmente havia concedido 164 inserções de 30 segundos para Lula no programa de Bolsonaro. Contudo, a magistrada reconheceu um erro de cálculo na decisão anterior. No sábado, Bucchianeri votou para manter 116 veiculações de resposta para o ex-presidente, e foi acompanhada por todos os colegas do tribunal.

Uma inserção corresponde a cinco vídeos, veiculados em cada uma das emissoras de televisão integrantes do pool. No entanto, o candidato não é obrigado a usar o mesmo material em todas as emissoras em uma mesma inserção. O cálculo das respostas concedidas foi feito em cima da quantidade de vezes em que foi exibida a peça contestada pela campanha do petista.

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