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Bolsonaro volta a Juiz de Fora e fala em “virada de votos” em Minas

No 1º turno, presidente ficou atrás de Lula (PT), que liderou a disputa presidencial com 48,29% dos votos, contra 43,6% de Bolsonaro

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1 de 1 bolsonaro-juiz-de-fora - Foto: Reprodução/Redes sociais

Juiz de Fora – Ao lado do governador Romeu Zema (Novo) e de parlamentares eleitos, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição, participou de um rápido comício na tarde desta terça-feira (18/10), na Praça da Estação em Juiz de Fora (MG), cidade onde tomou uma facada durante a campanha presidencial de 2018. Apesar de o candidato reforçar que já está à frente da disputa em Minas Gerais, após ter perdido para o seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no primeiro turno, todas as falas tiveram um tom comum e defenderam que os apoiadores presentes se empenhem em virar votos, convencer indecisos e incentivar quem não compareceu às urnas no último dia 2 de outubro a irem votar no próximo dia 30.

No primeiro turno, as urnas mineiras colocaram Lula à frente da disputa presidencial, com 5.802.571 de votos, conquistando 48,29% dos votos válidos. Bolsonaro obteve 5.239.264 votos – 43,6% da votação válida. Em Juiz de Fora, a vantagem de Lula foi ainda maior. Na principal cidade da zona da mata mineira, o petista obteve 167.048 votos nas urnas da cidade, ou 52,6% da votação válida; o atual presidente, 121.945 votos, o que corresponde a 38,4% dos votos válidos.

“Peço a vocês, mais do que o voto, o trabalho e o empenho para virar votos, para buscar indecisos, para que esses possam comparecer às urnas. Nós somos aqueles que escreveremos o futuro da nossa pátria”, afirmou Bolsonaro.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante comício eleitoral em Juiz de Fora (MG), nesta terça-feira (18/10)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante comício eleitoral em Juiz de Fora (MG), nesta terça-feira (18/10)
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante comício eleitoral em Juiz de Fora (MG), nesta terça-feira (18/10)

Renato Salles/Especial para o Metrópoles
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante comício eleitoral em Juiz de Fora (MG), nesta terça-feira (18/10)

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante comício eleitoral em Juiz de Fora (MG), nesta terça-feira (18/10)

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O candidato à reeleição agradeceu publicamente o apoio de Zema e classificou a adesão como “fundamental” para uma possível vitória. “A virada já aconteceu. Já estamos na frente em Minas Gerais. Já também estamos bem na frente em São Paulo. Estamos diminuindo a diferença no Nordeste. O futuro é nosso. O Brasil continuará sendo um país próspero e livre, graças à vontade e ao empenho de seu povo.”

Pauta de costumes

Esta é a segunda vez que Bolsonaro faz um ato público em Juiz de Fora no atual processo eleitoral. No dia 16 de agosto, primeiro dia oficial da campanha, o presidente abriu seu projeto à reeleição exatamente na cidade mineira é fez um comício na esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, no centro, exatamente no local onde, em 6 de setembro de 2018, foi vítima de uma facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira.

Um tema em comum também une a agenda do primeiro dia de campanha à observada na tarde desta terça-feira: a pauta de costumes. “O Brasil é um país fantástico. Ele vai continuar sendo livre, vai continuar, o seu chefe de Estado defendendo a família brasileira, defendendo as nossas crianças da ideologia de gênero, defendendo as nossas crianças contra a liberação das drogas.”

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

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Facada em Juiz de Fora

De certa forma, o comício de Bolsonaro na Praça da Estação fecha um ciclo iniciado há pouco mais de quatro anos, no dia 6 de setembro de 2018. Na ocasião, então deputado federal e candidato à Presidência, Bolsonaro fazia um ato de campanha e caminhava pela Rua Halfeld, uma das principais ruas de Juiz de Fora, quando foi vítima de um atentado à faca cometido por Adélio Bispo de Oliveira. A facada interrompeu o destino final ao atual presidente naquele dia, que era exatamente a Praça da Estação, onde discursaria da sacada da Associação Comercial e Empresarial da cidade mineira.

“Ele estava indo para a Associação Comercial e iria falar da sacada da Associação. Estava tudo confirmado. Se não fosse atacado, ele teria falado. Na época, ele veio a Juiz de Fora a nosso convite. A Associação Comercial organizou aquele evento. Nós fizemos um almoço empresarial com 875 empresários pagantes. Nós descemos o Calçadão com ele. Ele ia andar só mais de 50 metros. Já havia duas pajeros pretas esperando para levá-lo até a sede da associação. Ele só ia seguir até a esquina da (Avenida) Getúlio Vargas”, lembra o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora, Aloísio Vasconcelos.

Desde o fim do segundo turno, Bolsonaro tem no governador Romeu Zema, reeleito no primeiro turno, seu principal cabo eleitoral. Durante a pré-campanha, Bolsonaro já havia visitado Juiz de Fora, o que aconteceu no dia 15 de julho.

Na primeira vez que visitou a cidade desde a facada sofrida em setembro de 2018, o presidente participou de uma motociata, encontrou-se com lideranças evangélicas e ainda visitou a Santa Casa. Esta, sim, foi a primeira passagem de Bolsonaro por Juiz de Fora desde a facada.

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