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Bolsonaro volta a atacar sistema de votação: “Urnas são ultrapassadas”

Presidente citou participação das Forças Armadas em comissão do TSE, mas ressaltou: “Até na Nasa a molecada entra”

atualizado

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Bolsonaro
1 de 1 Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou a atacar, nesta segunda-feira (17/10), o sistema eletrônico de votação brasileiro. Mesmo citando a participação das Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele avaliou que não existe “sistema impenetrável” e classificou as urnas como “ultrapassadas”.

Em entrevista à Rádio Tupi, nesta manhã, questionado se a urna eletrônica é confiável, Bolsonaro respondeu:

“Diz a Polícia Federal que as urnas são inauditáveis. Não existe sistema eletrônico que seja perfeitamente blindado, se nunca teve [problema] vai chegar a hora. O que a gente sempre busca é mais uma camada de transparência. É isso que nós lutamos no passado. E, no momento, como as Forças Armadas foram convidadas a integrar uma comissão de transparência eleitoral, esse trabalho está afeto às Forças Armadas. Eu não dou palpite”.

“Todos são unânimes em dizer que não existe impenetrável, sistema inviolável. Até na Nasa a molecada entra, faz as suas peripécias por lá. Por que não fariam por aqui? Então, esse é o sentimento nosso. As Forças Armadas têm colaborado bastante e vamos seguir aí com essa urna”, completou.

Ele ainda afirmou que a crítica passa pela modernidade das urnas: “O TSE está com uma urna bastante ultrapassada, antiga, geração no final dos anos 1990”.

Auditoria das Forças Armadas

Em auditoria, a equipe de militares que fiscalizou o funcionamento das urnas não encontrou nenhuma irregularidade no pleito, mas foi impedida pelo presidente da República de divulgar a ausência de fraudes.

Após reunião no Ministério da Defesa, no início da semana passada, Bolsonaro determinou que só fosse divulgado um “relatório completo” depois da realização do segundo turno, em 30 de outubro.

Sobre a relação com o TSE, Bolsonaro disse que as ações que ingressa na Corte não são acatadas. “As medidas que o PT entra contra mim quase todas são aceitas. A recíproca não é verdadeira”, disse.

No entanto, no domingo (16/10), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que as redes sociais TikTok, Instagram, LinkedIn, Facebook, Youtube, Telegram e Kway retirem do ar vídeos em que Bolsonaro afirma que “pintou um clima” entre ele e meninas venezuelanas de 14 e 15 anos.

A decisão atendeu a pedido feito pela campanha do candidato à reeleição, que acusou o PT de fazer propaganda eleitoral irregular e descontextualizar de forma “criminosa” a declaração de Bolsonaro.

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