Bolsonaro vê desemprego “praticamente vencido” com desocupação em 8,9%
O desemprego tem caído e está no menor patamar desde 2015, mais ainda atinge 8,9% dos brasileiros, segundo o IBGE
atualizado
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Em campanha para a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em discurso para prefeitos eleitos em Goiás que o desemprego está “praticamente vencido no Brasil”. A taxa de desocupação de trabalhadores caiu no país e é a mais baixa desde julho de 2015. Entretanto, ainda há 8,9% de brasileiros desempregados, o que corresponde a 9,7 milhões de pessoas, segundo os dados oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 30 de setembro.
“A questão do desemprego está lá embaixo. Tem alguns estados que muita gente já coloca a placa de ‘Precisa-se’. Ou seja, o desemprego está praticamente vencido no Brasil”, disse Bolsonaro nesta quinta-feira (6/10), pedindo aos prefeitos levados ao Palácio do Planalto pelo governador reeleito Ronaldo Caiado (União Brasil) que ajudem a divulgar para a população mais pobre as ações do governo federal na área social.
O desemprego chegou a atingir 14,2% no governo Bolsonaro, mas está em queda há seis meses seguidos. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a taxa de desemprego em agosto no Brasil foi de 8,9%, a menor desde julho de 2015, quando ficou em 8,7%.
Pedido aos prefeitos
Com dificuldade para penetrar no eleitorado mais pobre, apesar de ter gasto seu capital político para possibilitar um aumento nos investimentos sociais às vésperas da eleição, Bolsonaro pediu aos prefeitos eleitos que ajudem a divulgar as ações de seu governo. Ele lembrou que a economia se recupera da pandemia de coronavírus e das consequências da guerra na Ucrânia.
“Eu peço a vocês, [porque] vocês sabem como fazer política: Sempre mostrar o que fizemos pelos mais humildes. O Auxílio Brasil, que está garantido os R$ 400 e está garantido os R$ 600 de forma definitiva pela equipe econômica… tem que mostrar para as pessoas mais humildes”, pediu Bolsonaro. “Mostrar a questão da gasolina, o preço dos alimentos, [que] já caiu nos supermercados. O óleo de soja estava R$ 13, passou a R$ 8. Em alguns locais, a gente vê o frango congelado a R$ 9,90 Ou seja, o Brasil está melhorando, diferentemente do que acontece em todo mundo”, completou o candidato à reeleição, que transmitiu o discurso em suas redes sociais.
Congresso “melhor que meia dúzia de burocratas”
Na conversa com os prefeitos eleitos em Goiás que o apoiam, Bolsonaro também pediu ajuda para se defender das críticas que vem recebendo pelos cortes no Orçamento federal.
“[Falam]: Ah, o Bolsonaro cortou ovo da merenda para 2023; o Bolsonaro vai tirar a fralda geriátrica… o Orçamento não é um decreto meu”, defendeu-se.
Segundo ele, o governo mandou o Orçamento com um teto de gastos muito apertado. “Se alguma coisa ficou de fora, o Parlamento pode agora solucionar essas questões. Faz muito melhor Orçamento os 594 deputados e senadores do que meia dúzia de burocratas, técnicos, do Ministério da Economia”, discursou o presidente e candidato.