Bolsonaro terá aliança com governadores dos maiores colégios eleitorais para 2° turno
Candidato à reeleição ao Palácio do Planalto conta com o apoio dos governadores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro
atualizado
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O candidato à reeleição e atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), terá o apoio de governadores de três dos cinco maiores colégios eleitorais do país. Até o momento, ele conta com alianças com os chefes estaduais de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro para seguir no comando do Palácio do Planalto por mais quatro anos.
Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputarão no dia 30 de outubro o segundo turno na corrida pela Presidência da República. No primeiro turno, realizado no último domingo (2/10), o atual chefe do Executivo federal ficou atrás do petista no cenário nacional. O candidato do PL recebeu 51 milhões de votos (43,20%), enquanto Lula ficou com 57,2 milhões (48,43%).
Dois dias após o resultado do primeiro turno, o mandatário da República já garantiu o apoio dos governadores Rodrigo Garcia (PSDB-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Cláudio Castro (PL-RJ).
O mandatário da República saiu vencedor entre o eleitorado paulista e o carioca. Lula, por sua vez, liderou a disputa em Minas Gerais.
Bolsonaro obteve a preferência de 47,71% do eleitorado de São Paulo, o equivalente a 12,2 milhões de votos. No estado, Lula ficou em segundo lugar, com 10,4 milhões de votos (40,89%).
Lula foi o vencedor entre o eleitorado mineiro e obteve 48,29% dos votos registrados para presidente da República em Minas Gerais (5.802.571). O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, obteve 43,60% dos votos (5.239.264).
Já no Rio de Janeiro, Bolsonaro recebeu 4,8 milhões de votos, o equivalente a 51,09% do total. Lula registrou 3,8 milhões (40,68%).
Bahia e Rio Grande do Sul
A campanha do atual presidente quer trabalhar a rejeição de Lula em Minas, São Paulo, Rio e Bahia. O quinto estado com o maior número de eleitores, Rio Grande do Sul, já é visto como mais bolsonarista.
No caso da Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro busca uma aproximação com ACM Neto (União), que disputa o segundo turno com o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues. Jerônimo terminou a disputa à frente, com 49,45% dos votos válidos, ante 40,80% de ACM. No primeiro turno, Lula venceu Bolsonaro na Bahia por 69,70% a 24,33%.
Bolsonaro tem dito que está “ à disposição” do candidato do União para uma conversa. O ex-prefeito de Salvador disse que iria estudar o apoio em nível federal.
Lula tem preferência entre os partidos
Até as 16h30 desta terça-feira, Lula tinha o apoio de 14 partidos políticos, enquanto Bolsonaro havia feito aliança com quatro siglas. Doze siglas ainda não definiram quem apoiarão e outras duas se declararam “neutras”.
Das legendas que manifestararam apoio ao petista, 10 integram a coligação de Lula, chamada “Brasil da Esperança”, que tem PT, PCdoB, PV, Solidariedade, PSol, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros em sua composição. Dos quatro partidos que apoiam Bolsonaro, três são da coligação “Pelo Bem do Brasil”, que reúne PP, PL e Republicanos.
Veja a situação de cada partido até o momento:
Na tarde desta terça, o PDT, que tinha Ciro Gomes como candidato à Presidência, anunciou, por unanimidade, apoio à candidatura de Lula no segundo turno. O Cidadania, presidido por Roberto Freire, também manifestou apoio ao petista.
Dirigentes do PSDB também se reúnem nesta terça para definir qual candidato apoiarão.
Na segunda-feira (3/10), o PSC decidiu apoiar a reeleição de Bolsonaro ao Planalto. Já o partido Novo, que se disse contra o PT e o “lulismo”, liberou filiados e eleitores a votar de acordo com a “consciência” e os “princípios políticos”.
Lula ainda tenta costurar uma alinça com Simone Tebet (MDB), A ideia é dar mais protagonismo para Simone – que ainda não oficializou apoio a Lula no segundo, Geraldo Alckmin (PSB) e Marina Silva (Rede). A ideia do petista é televisionar o apoio ampliado de Lula para além do PT e de partidos identificados como de esquerda.