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Bolsonaro sobre Moro: “Poderia ser meu vice, mas poder subiu à cabeça”

O presidente ainda pontuou que, caso fosse indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Moro “jamais” passaria numa sabatina

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Bolsonaro e Sérgio Moro, ex-juiz e atual pré-candidato a Presidência da República. Eles usam terno escuro e camiseta branca- Metopoles
1 de 1 Bolsonaro e Sérgio Moro, ex-juiz e atual pré-candidato a Presidência da República. Eles usam terno escuro e camiseta branca- Metopoles - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Diretamente de São Paulo, em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que poderia ter escolhido o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro como vice-presidente na chapa à reeleição. Entretanto, segundo o presidente, o ex-juiz foi corrompido pelo “poder”.

“Estava na cabeça dele disputar a presidência [da República] um dia. Se ele tivesse se mantido numa boa comigo, ele poderia ser meu vice agora, sem problema nenhum. Mas subiu o poder à cabeça dele”, disse Bolsonaro ao mencionar o ex-ministro.

Depois de refletir sobre diversos nomes, Bolsonaro escolheu o ex-ministro da Defesa general Braga Netto para compor a chapa.

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

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O presidente ainda pontuou que, caso fosse indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Moro “jamais” passaria numa sabatina.

“Os meus ministros, de maneira geral, não tinham quase nenhuma vivência política. O Moro é esse aí. O Moro, pela função dele, passou 20 e poucos anos dando canetada e os outros cumprindo. Quando você vai para lá, é diferente o negócio. Acho que subiu na cabeça do Moro o poder. Ele queria uma indicação para o Supremo [Tribunal Federal], [mas] jamais passaria numa sabatina no Supremo”, acrescentou.

Juiz que encabeçou a Operação Lava Jato, Sérgio Moro abandonou os tribunais em 1 de janeiro de 2019, quando assumiu a pasta da Justiça e Segurança Pública. Pouco mais de um ano depois, em 24 de abril de 2020, ele resolveu deixar a pasta, motivado por uma decisão de Bolsonaro que trocou o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo ex-juiz.

Durante o início das alianças eleitorais, para o pleito de outubro, Moro chegou a cogitar disputar a corrida ao Palácio do Planalto, mas pouco mais de três meses depois, anunciou desistência. Na ocasião, Bolsonaro partiu para cima do ex-aliado. Chegou a chamá-lo de “idiota”.

“Veio um idiota agora, não vou falar o nome dele, e disse: ‘Ah, comigo a economia vai ser inclusiva, sustentável’. Esse cara passou um ano e pouco no meu governo e nunca abriu a boca em reunião de ministro. Sempre de boca fechada. Até que aconteceu a saída, um pouco tarde, mas aconteceu. Agora, ele tem solução para tudo. Estando fora do governo é fácil ter solução para tudo”, disse o mandatário, sem citar o nome do ex-ministro. O momento foi gravado e divulgado por um canal simpatizante ao governo.

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