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Bolsonaro sobre escândalos no MEC: “Pessoas se revelam quando chegam”

Candidato à reeleição abre semana de sabatinas com presidenciáveis no Jornal Nacional, da Rede Globo

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1 de 1 entrevista candidato eleicoes 2022 jair bolsonaro na rede glodo tv jornal nacional 3 - Foto: Reprodução/Tv Globo

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi cobrado em sabatina no Jornal Nacional, na noite de segunda-feira (22/8), sobre suas escolhas para ministro da Educação, setor marcado por demissões em série e suspeitas de corrupção, e admitiu que seria melhor não ter rotatividade na pasta, mas se justificou alegando que “as pessoas se relevam quando chegam”.

O primeiro titular do MEC sob Bolsonaro foi o colombiano Ricardo Vélez Rodrigues, que foi indicado pelo guru Olavo de Carvalho, mas caiu em desgraça logo nas primeiras semanas por atitudes como enviar uma carta às escolas instruindo equipes pedagógicas a ler o slogan de campanha do presidente aos alunos, além de ter dito que brasileiros eram “canibais” ao viajar.

Velez caiu em abril de 2019 e foi substituído por Abraham Weintraub, que, como lembrou a entrevistadora Renata Vasconcellos, deixou o governo e o Brasil quase em fuga, após insultar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o lugar de Weintraub, foi indicado o economista Carlos Decotelli, que sequer assumiu porque maquiou seu próprio currículo.

Assumiu, então, o pastor Milton Ribeiro, em julho de 2020. Pouco mais de um ano depois, porém, o quarto ministro da gestão foi demitido em meio ao escândalo do tráfico de influência de pastores que cobrariam propina de prefeitos em troca da liberação de verbas no ministério.

“Ele teve uma acusação, foi preso, mas conseguiu habeas corpus logo em seguida. Não tinha nada contra ele até aquele momento”, iniciou Bolsonaro, numa tentativa de defender Ribeiro ao alegar que não houve escândalo. “Nós começamos a investigar o caso dos pastores, na CGU”, alegou o presidente ao JN.

“As pessoas se revelam quando chegam”, continuou Bolsonaro, ao responder sobre seus critérios para escolher os ministros da Educação. “Acontece, é igual um casamento. O ideal era não ter rotatividade nenhuma, mas acontece”, completou ele.

Sabatinas no Jornal Nacional

Bolsonaro abre a série de entrevistas do noticioso da TV Globo com os candidatos ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Ele é entrevistado pelos âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos no estúdio montado exclusivamente para as entrevistas dos presidenciáveis.

A sabatina ocorreu no primeiro bloco do telejornal e sem interrupções para intervalo comercial. Após a entrevista, Bolsonaro conversou com apoiadores na saída dos estúdios da Globo e abriu uma live. Ele voltou a convocar os bolsonaristas para atos em apoio ao governo no dia 7 de Setembro e finalizou a gravação dizendo que iria procurar “um cachorro-quente ou um churrasquinho de gato” para finalizar a noite.

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Acompanham Bolsonaro os ministros da Economia, Paulo Guedes; da Casa Civil, Ciro Nogueira; e das Comunicações, Fábio Faria, além do senador Flávio Bolsonaro
Jair Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional em 2018
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Presidente Jair Bolsonaro (PL)

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Acompanham Bolsonaro os ministros da Economia, Paulo Guedes; da Casa Civil, Ciro Nogueira; e das Comunicações, Fábio Faria, além do senador Flávio Bolsonaro

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Jair Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional em 2018

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As sabatinas têm 40 minutos de duração e são feitas ao vivo diretamente dos “Estúdios Globo”, anteriormente chamado de Projac, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

As datas e a ordem das entrevistas foram definidas por sorteio em 1º de agosto com representantes dos partidos dos presidenciáveis. Veja:

  1. Segunda-feira (22/8): Jair Bolsonaro (PL)
  2. Terça-feira (23/8): Ciro Gomes (PDT)
  3. Quarta-feira (24/8): sem entrevista
  4. Quinta-feira (25/8): Lula (PT)
  5. Sexta-feira (26/8): Simone Tebet (MDB)

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Convite aceito

No dia 5 de de agosto, o presidente Bolsonaro concordou oficialmente em ir aos estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, para conceder entrevista ao Jornal Nacional.

Inicialmente, Bolsonaro queria negociar a realização da entrevista no Palácio da Alvorada, como foi feito com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em eleições anteriores.

O Partido Liberal, sigla à qual o presidente é filiado, havia solicitado que a entrevista ocorresse na Residência Oficial da Presidência, sob a alegação de que os ex-presidentes petistas tiveram o mesmo direito quando tentaram reeleição em 2006 e 2010, respectivamente. No entanto, após negativa da Globo, ele recuou e aceitou o convite.

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

Igo Estrela/Metrópoles

 

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