Bolsonaro sobre Alckmin: “Era Opus Dei, agora canta hino socialista”
Trecho da letra diz: “Messias, Deus, chefes supremos, nada esperemos de nenhum”. O candidato a vice de Lula é católico
atualizado
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Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda-feira (26/9), o presidente Jair Bolsonaro (PL) alfinetou Geraldo Alckmin (PSB), o candidato a vice-presidente da chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro disse que, antes de se aliar a Lula, o ex-governador de São Paulo era um “Opus Dei” – integrante de uma diocese conservadora do catolicismo – e, agora, faz propaganda para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e “canta hino socialista”.
“Alckmin é outro que… era um Opus Dei. Um homem que ia à missa todo final de semana, de repente coloca um boné do MST e canta hino internacional socialista”, ironizou.
Em abril, Alckmin ouviu o hino da Internacional Socialista em evento do PSB e, embora não tenha cantado, aplaudiu a peça após a execução.
O hino representa uma união global de partidos trabalhistas instituída em 1951. Ao exaltar a luta dos trabalhadores, um trecho da letra diz: “Messias, Deus, chefes supremos, nada esperemos de nenhum”.
Catolicismo
Alckmin desde criança foi criado pelos preceitos do catolicismo e, frequentemente, é relacionado à Opus Dei, uma prelazia – ou diocese – mais conservadora da Igreja Católica Apostólica Romana. Desde que sua ligação com essa doutrina começou a circular de forma mais intensa, ainda em 2011, o pré-candidato nega participação na linha cristã.
Em agosto de 2018, em nota enviada ao Metrópoles, a Opus Dei informou que o Alckmin não pertencia à organização religiosa.
“A prelazia não interfere na escolha profissional de seus membros. Eles exercem as mais variadas profissões: são médicos, professores, motoristas, garçons e engenheiros. O mesmo vale para alguém que queria exercer a política. Esse amor à liberdade vale também para quem queira sair do Opus Dei. Não conheço ninguém que tenha sido expulso”, afirma o comunicado.