Bolsonaro sobre acusação de pedofilia: “Piores horas da minha vida”
Candidato à reeleição afirmou que tentaram atacá-lo naquilo que é “mais sagrado” para ele: “defesa da família e das crianças”
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), relatou neste domingo (16/10) ter passado “as piores horas de sua vida” após ser acusado de pedofilia por declaração dada em entrevista a podcast na sexta-feira (14/10).
A fala foi feita durante a chegada do presidente à Band para o debate que será realizado neste domingo, a partir das 20h.
Bolsonaro declarou que o PT promoveu uma “acusação infame e corja” contra ele. “Tentaram me atingir naquilo que é mais sagrado pra mim: defesa da família e das crianças”, disse. “A minha indignação não tem tamanho.”
Candidato à reeleição, o chefe do Executivo afirmou que a decisão proferida por Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, de mandar as redes sociais tirarem o conteúdo do ar, “coloca um ponto final” no assunto. O ministrou decidiu que o vídeo divulgado nas redes “configura propaganda eleitoral irregular e descontextualiza” a declaração de Bolsonaro.
Na sexta-feira (14/10), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “pintou um clima” entre ele e meninas venezuelanas de 14 e 15 anos.
“Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se não me engano, de moto. […] Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três ou quatro, bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, numa comunidade. Vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na tua casa?’ Entrei”, descreveu Bolsonaro na ocasião.
Em seguida, o presidente insinuou que as garotas venezuelanas estariam se prostituindo para sobreviver: “Tinha umas 15 a 20 meninas, num sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. Eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando no sábado. Pra quê? Ganhar a vida!”.
O caso citado pelo chefe do Executivo federal ocorreu durante uma visita dele a São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, em 2021. Bolsonaro defende, no entanto, que a frase foi tirada de contexto pelo Partido dos Trabalhadores, além de alegar que o vídeo foi gravado para demonstrar sua “indignação” com o cenário.