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- Foto: Igo Estrela/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na noite deste domingo (2/10) que sua campanha rumo ao segundo turno ainda não está totalmente definida, mas sinalizou que os atos políticos devem começar por Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Até as 23h20 deste domingo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha conquistado 48,27% dos votos válidos em Minas, contra 43,61% de Bolsonaro.
“Já marquei a primeira reunião em Belo Horizonte. […] Amanhã fico em Brasília. Na terça, já existe a possibilidade de sair”, afirmou o candidato durante conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, após o final da apuração do primeiro turno.
Segundo o presidente, sua campanha atuará de forma especial na Região Sudeste, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Essa votação perdida é que a gente vai buscar recuperar nesses três testados que são os três maiores colégios eleitorais do Brasil”, declarou.
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Bolsonaro deu entrevista após o resultado do primeiro turno
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Apoiadores receberam o presidente no cercadinho do Palácio da Alvorada
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Presidente Bolsonaro fala com a imprensa após a apuração das Eleições 2022
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Candidato à reeleição vai ao segundo turno com o ex-presidente Lula
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Bolsonaro vai explorar rejeição a Lula em MG, SP, RJ e BA
É a primeira declaração do atual titular do Palácio do Planalto, que tenta a reeleição ao cargo, desde o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que a disputa presidencial será definida em segundo turno.
Até as 22h53, Lula tinha 48,32% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro acumulava 43,29%. Pelo resultado, os dois não poderiam mais ser alcançados pelos adversários nem conseguir mais de 50% dos votos, o que garantiria uma vitória em 1º turno.
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022
Reprodução/Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Hugo Barreto/Metrópoles
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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Getty Images
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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair
JP Rodrigues/Metrópoles
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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República
Daniel Ferreira/Metrópoles
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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos
Instagram/Reprodução
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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente
Igo Estrela/Metrópoles
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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros
Alan Santos/PR
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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto
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“Vontade de mudar”
Na conversa com a imprensa, Bolsonaro disse que o resultado do primeiro turno reflete uma “vontade de mudar por parte da população”.
“Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos. Em especial, da cesta básica. Entendo que há uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior”, disse.
“Temos um segundo turno pela frente onde tudo passa a ser igual, o tempo [de propaganda] para cada lado passa a ser igual. E vamos agora mostrar melhor para a população brasileira, em especial a classe mais afetada, que é consequência da política do ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’, de uma guerra lá fora, de uma crise ideológica também”, disse Bolsonaro.
Questionado por jornalistas, o candidato à reeleição disse que continuará participando de sabatinas e debates presidenciais. Desde o início da campanha, Bolsonaro foi a três debates e a outras quatro sabatinas.
“A gente vai continuar participando desses eventos para a gente convencer as pessoas qual é o melhor lado para eles”, afirmou.
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