Bolsonaro reclama com empresários de operação ordenada por Moraes
Presidente considerou desnecessária e desproporcional a busca feita nas casas de empresários que defenderam golpe de Estado em grupo do zap
atualizado
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Um dia após dizer que a relação com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, está “pacificada”, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, reclamou da ordem de busca e apreensão emitida pelo ministro contra empresários apoiadores do governo que falaram em golpe no caso de derrota do atual chefe do Executivo no pleito.
Bolsonaro almoçou nesta terça-feira (23/8) com empresários reunidos pelo grupo Esfera, organizado por João Camargo e, segundo participantes do encontro, considerou que a ação foi totalmente “desnecessária e desproporcional”.
A reclamação do presidente foi revelada pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo e o conteúdo foi confirmado ao Metrópoles por participantes do almoço. A ação ordenada por Moraes ocorreu em decorrências das conversas de WhatsApp que foram reveladas pela coluna de Guilherme Amado.
A operação ocorreu na manhã desta terça. A Polícia Federal foi aos endereços de oito empresários bolsonaristas que participavam do grupo de WhatsApp no qual fizeram defesa explícita de um golpe de Estado caso o petista Lui Luiz Inácio Lula da Silva saia vitorioso.
Mandados de busca e apreensão foram cumpidos nas residências de Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; Luciano Hang, do grupo Havan; André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii; Meyer Nigri, da Tecnisa; e José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro.