Bolsonaro promete Auxílio Brasil de R$ 800 para quem arrumar emprego
Promessa foi colocada em programa eleitoral nesta quinta (8/9). Hoje, empregados recebem desde que renda familiar não ultrapasse R$ 525
atualizado
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Em programa eleitoral veiculado nesta quinta-feira (8/9) no rádio e na TV, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu um incremento de R$ 200 no Auxílio Brasil para quem arrumar emprego, levando o benefício de R$ 600 para R$ 800.
Atualmente, a regra da emancipação — quando algum membro consegue um emprego formal — prevê que a pessoa poderá continuar recebendo o benefício se a renda familiar não ultrapassar R$ 525 por mês.
Na propaganda, o locutor diz que os mais de 20 milhões de brasileiros que recebem o Auxílio Brasil poderão acumular o benefício e o salário do emprego. “Quando Bolsonaro dá R$ 200 a mais, ele incentiva o trabalho. Isso é o oposto do que o PT fazia”, diz o vídeo, citando o antigo Bolsa Família.
O programa social criado na gestão petista previa um período de permanência de dois anos para quem passasse a ter um emprego, além da regra de que a renda familiar per capita não ultrapassasse meio salário mínimo.
A propaganda do candidato do PL ainda afirma que a medida representa a diferença entre “dar o peixe e ensinar a pescar”.
Veja:
Procurada, a equipe de campanha disse ainda não ter detalhes sobre estimativa de impacto da medida. Já o Ministério da Economia respondeu que não irá comentar.
O benefício complementar de R$ 200 no Auxílio Brasil foi aprovado por uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) às vésperas da eleição. Pago desde agosto, o benefício turbinado deverá ser depositado até dezembro deste ano.
Auxílio Brasil em 2023
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 do Ministério da Economia prevê o pagamento de R$ 405 mensais pelo Auxílio Brasil para 21,6 milhões famílias, quase R$ 200 abaixo do valor destinado atualmente para os beneficiários.
A proposta, no entanto, indica a intenção do governo federal de manter o pagamento de R$ 600 no próximo ano. No texto, a pasta chefiada por Paulo Guedes afirma que “reconhece a relevância da referida política pública e a importância da continuidade daquele incremento para as famílias atendidas pelo programa”.
De acordo com a gestão bolsonarista, haverá “esforços em busca de soluções jurídicas e de medidas orçamentárias que permitam a manutenção do referido valor [R$ 600]”.