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Bolsonaro pede que Moraes seja afastado de ação no TSE após gesto de degola

Ministro fez gesto em sessão da Corte que analisava proibição do uso dos palácios presidenciais em lives eleitorais feitas por Bolsonaro

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A defesa do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL) fez um pedido nesta quinta-feira (29/9) de instauração de exceção de suspeição de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro aponta que houve parcialidade do ministro na sessão em que a Corte julgava a proibição do uso dos palácios presidenciais em lives eleitorais promovidas por Bolsonaro.

Na ocasião, Moraes fez um gesto simbolizando degola. O pedido demanda que o magistrado se afaste do caso e que o resultado da votação seja anulado.

“No caso concreto, não há como negar que a atuação do e. Ministro Alexandre de Moraes, notadamente do que tange ao comportamento de Sua Excelência em sessão, coloca em xeque a sua imparcialidade para o julgamento em apreço, sendo absolutamente legítima, portanto, a pretensão de afastá-lo do caso”, diz o documento.

A ação ainda diz que caberia a Moraes “se manifestar oficialmente para assegurar aos seus pares, às partes e à própria sociedade, que o gesto não se referiu àquele caso específico”.

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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” Em palavras claras: necessária e oportuna seria a manifestação oficial do e. Ministro Presidente para esclarecer que, ao realizar o gesto de degola, não estaria, antecipadamente, externalizando sua predisposição de “degolar” o direito do Presidente da República de realizar lives em redes sociais das dependências do Palácio do Planalto, o que,
coincidentemente, veio a ocorrer momentos depois com o seu decisivo voto.”

Na votação, os ministros deferiram, por 4 votos a 3, a liminar do ministro Benedito Gonçalves, que vedou os vídeos nas dependências de prédios públicos. O plenário considerou que o uso do espaço fere a isonomia entre os candidatos pelo fator “icônico”. A consideração é que é preciso separar a questão política da questão eleitoral. A Maria Claudia Bucchianeri foi uma dos que discordaram.

Veja o pedido na íntegra:

PR Bolsonaro – Exceção de Suspeição – Alexandre de Moraes – Gesto Degola (1) by Júlia Portela on Scribd

Metrópoles questionou a assessoria do ministro Alexandre de Moraes sobre a motivação do gesto, mas não houve resposta oficial.

A reportagem apurou com fontes ligadas ao ministro, porém, que o gesto não tinha nenhuma relação com o julgamento e seria uma espécie de brincadeira de Moraes com um assessor que demorou a passar uma informação que ele havia pedido. Assessores dos ministros ficam sentados no auditório, em frente a eles.

Bolsonaro critica

Na live da última quarta-feira (28/9), o presidente Jair Bolsonaro ironizou Moares. “Ele fez um gesto de degola. E agora vem dizendo aí: ‘Não, foi um gesto para um amigo’. O que é isso, rapaz? Ser ministro é coisa séria”, disse Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro ainda disse que se sente “constrangido” por não poder realizar suas tradicionais lives no Palácio da Alvorada.

“Estamos aqui em um canto de Brasília, fazendo a live, porque meu querido Alexandre de Moraes falou que eu não posso fazer no Alvorada porque tem lastro. […] Eu estou fazendo uma live. Logicamente, não é no Palácio da Alvorada. Me sinto até constrangido de falar isso aqui. Fico constrangido em falar isso daí. Peço a Deus uma reeleição para a gente botar esse Brasil nos eixos, realmente”, afirmou.

No domingo (25/9), ao comentar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro disse que a medida era “estapafúrdia”. Na segunda-feira (26/9), ele disse que sofre “perseguição política” da Justiça Eleitoral e que o TSE é “parcial”.

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