Bolsonaro nega relatório sobre urnas: “Militares não fazem auditoria”
Declaração ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes pedir ao Ministério da Defesa que apresente uma cópia dos documentos
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (19/10) que as Forças Armadas “não fazem auditoria” de urnas eletrônicas. A declaração ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedir ao Ministério da Defesa que apresente uma cópia dos documentos sobre uma eventual auditoria no sistema eleitoral brasileiro no primeiro turno.
O atual chefe do Executivo federal, que é candidato à reeleição, foi questionado por jornalistas, no Palácio da Alvorada, se teve acesso ao relatório dos militares. Bolsonaro disse que a existência do documento trata-se de uma “furada” e uma “fake news”.
“Olha, as Forças Armadas não fazem auditoria. Lançaram equivocadamente… A Comissão de Transparência Eleitoral não tem essa atribuição. Então, furada, fake news”, afirmou o presidente.
Em 2 de outubro, após o início da apuração do primeiro turno, Bolsonaro foi questionado pela imprensa se as Forças Armadas realizaram uma “auditoria” nas urnas. Em resposta, ele disse que um “relatório” seria feito pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Nesta quarta, o presidente negou que tenha falado em relatório. “Você está botando na minha boca agora? Não bota na minha conta, não”, respondeu.
O pedido de Moraes
A decisão de Moraes atende a um pedido do partido Rede Sustentabilidade, no qual a legenda afirma que o presidente Jair Bolsonaro defendeu, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que fosse feita uma auditoria independente nas urnas.
O presidente do TSE, então, determinou que o Ministério da Defesa apresente documentos sobre o assunto em até 48 horas, e que informe a fonte de recursos gastos com a auditoria. Moraes também deu cinco dias para que Bolsonaro apresente uma defesa sobre o assunto.
Desde que assumiu o comando do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro acusa, sem provas, que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraude. Em ocasiões passadas, o próprio Tribunal Superior Eleitoral pediu que o presidente apresentasse provas de suas acusações, o que nunca foi feito.