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Bolsonaro insiste em presença de militares na “sala cofre” do TSE

Apesar de tal sala secreta no Tribunal Superior Eleitoral não existir, presidente voltou a falar das Forças Armadas no local

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Cerimônia de comemoração do dia do soldado no Quartel General do Exército agenda bolsonaro militares 15
1 de 1 Cerimônia de comemoração do dia do soldado no Quartel General do Exército agenda bolsonaro militares 15 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar, nessa quinta-feira (22/9), em uma sala secreta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, as Forças Armadas pretendem colocar técnicos na “sala cofre” do Tribunal para apuração das eleições. Este ano, os militares foram convidados para a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) após pressão de Bolsonaro, que tem lançado dúvidas sobre o pleito, antecipando possível contestação do resultado.

“As Forças Armadas foram convidadas, em outubro do ano passado — eu acho que eles erraram, né —, para participar de uma comissão de transparência eleitoral. Ela participou dessa comissão, apresentou sugestões. Parte foi acolhida”, iniciou Bolsonaro em entrevista ao apresentador Sikêra Júnior, da TV A Crítica.

“Segundo informações que eu tenho aqui, as Forças Armadas pretendem colocar técnicos deles dentro da sala cofre do TSE, uma sala aqui que ninguém sabe o que acontece lá dentro, assim como a Polícia Federal parece que vai fazer a mesma coisa e a Controladoria-Geral da União também deve fazer a mesma coisa. Entendo que a chance de desvio de corrupção diminui bastante. Não zera. Zeraria com o voto impresso”, prosseguiu o mandatário.

A proposta do voto impresso foi rejeitada pelo Congresso em agosto de 2021.

A Corte Eleitoral já esclareceu que é falsa a informação de existência de uma sala secreta para apuração dos votos. Segundo nota “Falso ou boato” no portal do tribunal, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação.

TSE reage a Bolsonaro e nega apuração “secreta”: “Sistema é auditável”

“Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco. Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos”, explica a nota.

De acordo com o TSE, o processo de apuração é realizado pela urna eletrônica antes da transmissão de resultados, que ocorre por uma rede de transmissão de dados criptografados.

Ao chegarem ao tribunal, continua o comunicado, a integridade e autenticidade dos dados são verificados e se inicia a totalização (isto é, a soma) dos resultados de cada uma das urnas eletrônicas, por supercomputador localizado fisicamente no tribunal.

“O resultado final divulgado pelo TSE sempre correspondeu à soma dos votos de cada um dos boletins de urna impressos em cada seção eleitoral do país”, conclui.

Pesquisa

Pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha também na quinta-feira mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 47% das intenções de voto no primeiro turno das eleições, contra 33% de Bolsonaro.

No último levantamento, divulgado em 15 de setembro, Lula aparecia com 45%, enquanto Bolsonaro tinha 33%. A diferença entre os dois foi de 12 para 14 pontos.

Veja os resultados da pesquisa estimulada para o 1° turno:

  • Lula (PT): 47% (45% no Datafolha anterior, de 15 de setembro)
  • Jair Bolsonaro (PL): 33% (33% na pesquisa anterior)
  • Ciro Gomes (PDT): 7% (8% na pesquisa anterior)
  • Simone Tebet (MDB): 5% (5% na pesquisa anterior)
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 1% (2% na pesquisa anterior)
  • Felipe d’Avila (NOVO): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Sofia Manzano (PCB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Vera (PSTU): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Léo Péricles (UP): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Constituinte Eymael (DC): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Padre Kelmon (PTB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Em branco/nulo/nenhum: 4% (4% na pesquisa anterior)
  • Não sabe: 2% (2% na pesquisa anterior)

Felipe d’Avila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP) e Padre Kelmon (PTB) foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto.

O primeiro turno das eleições de 2022 vai ocorrer em 2 de outubro. O segundo, se houver, vai ocorrer no dia 30.

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