Em sua primeira live semanal como candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou acenar ao eleitorado feminino. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em julho, a rejeição do presidente entre as mulheres é de 54%. No mês anterior, o percentual era de 61%.
Durante a transmissão ao vivo nas redes sociais, o candidato à reeleição disse que das 370 mil pessoas que receberam títulos de terra do governo, 90% são mulheres.
“Então, nós preferimos dar o título [de terra] para as mulheres. Isso parte também da Tereza Cristina, nossa [ex] ministra, que agora é candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul; vem também do Geraldo Mello, que é o presidente do Incra. Porque nós entendemos que a propriedade, aquele papel, fica melhor com a mulher. Com a mulher vai ser muito mais difícilde ser vendida, negociada essa propriedade. E ela vai zelar aquilo e vai ficar com a sua família de verdade”, afirmou.
O presidente também lembrou que, das 20 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil, 15 milhões são comandadas por mulheres. “Entre o casal, a gente prefere dar os recursos para a mulher, porque ela sabe melhor usar esse dinheiro. O homem nem sempre sabe usar corretamente esse dinheiro”, acrescentou Bolsonaro.
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022
Reprodução/Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Hugo Barreto/Metrópoles
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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Getty Images
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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair
JP Rodrigues/Metrópoles
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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República
Daniel Ferreira/Metrópoles
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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos
Instagram/Reprodução
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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente
Igo Estrela/Metrópoles
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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros
Alan Santos/PR
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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto
Na live desta quinta, o presidente Jair Bolsonaro também voltou a falar da importância da escolha nas eleições deste ano.
Ele ressaltou que a população precisa “comparar” seu governo com gestões anteriores a sua. Bolsonaro tem pregado que sua administração teve um bom desempenho apesar da pandemia de coronavírus.
“A escolha é importante. Hoje em dia, pelo o que tem pela frente, se tem dois nomes. Você tem que achar qual é que vai fazer melhor o seu país, mas faça comparações”, declarou.
“Quem critica o meu governo no tocante à inflação que teve — não vou negar isso daí — tem que levar em conta a pandemia. Tem que dizer que eu não defendi o ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’. A esquerda defendeu, Lula defendeu, governadores do PT defenderam”, acrescentou o presidente.
Antes de finalizar a transmissão nas redes sociais, Bolsonaro ainda pediu votos para aliados, como ex-ministros, ex-secretários e parlamentares.
“São algumas candidaturas pelo Brasil que eu peço o apoio. Eu só vou divulgar candidatura para o Senado e governador. E assim mesmo, em estados onde tem mais de um candidato ao Senado ou mais de dois candidatos a governador que estão nos apoiando, a nossa ideia é não abrir uma fissura aí”, afirmou.
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