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Bolsonaro encurta distância de Lula em 2 dos 3 maiores colégios eleitorais

Pesquisas divulgadas pelo Datafolha nessa quinta-feira (15/9) mostram que distância entre candidatos diminuiu em SP e MG

atualizado

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1 de 1 6-Lula e Bolsonaro copiar_Yanka Romão _ Metrópoles - Foto: Arte/Yanka Romão

Passado um mês desde o início da campanha eleitoral, caiu a distância entre os líderes nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), em dois dos três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo e Minas Gerais. A queda é ocasionada, principalmente, pelo avanço, mesmo que lento, do atual mandatário do país e pela estagnação do petista.

Na primeira pesquisa Datafolha divulgada após o começo da campanha, em 18 de agosto, Lula tinha 44%, contra 31% de Bolsonaro em São Paulo, região com 34,6 milhões de eleitores. Já na sondagem dessa quinta-feira (15/9), a diferença entre os dois caiu para 10 pontos, diante dos 43% do ex-presidente e 33% do atual titular do Palácio do Planalto.

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Em Minas, com 16,2 milhões de eleitores, o levantamento de agosto apontava distância de 15 pontos entre os dois – Lula somava 47%, enquanto Bolsonaro pontuava 32%. Foi a maior diferença registrada pelo instituto nos três estados. Agora, o mandatário do país está a 10 pontos do seu principal adversário, com 33%, ante os 43% de Lula.

Somente no Rio de Janeiro, berço eleitoral do presidente, a diferença entre os dois aumentou. Em agosto, Lula (41%) liderava com seis pontos à frente de Bolsonaro (35%). Na pesquisa mais recente, a vantagem do petista foi a oito pontos.

Veja a diferença entre os dois levantamentos em cada estado:

São Paulo

  • 18/8: Lula 44% x 31% Bolsonaro (13 pontos)
  • 15/9: Lula 43% x 33% Bolsonaro (10 pontos)

Minas Gerais

  • 18/8: Lula 47% x 32% Bolsonaro (15 pontos)
  • 15/9: Lula 43% x 33% Bolsonaro (10 pontos)

Rio de Janeiro

  • 18/8: Lula 41% x 35% Bolsonaro (6 pontos)
  • 15/9: Lula 44% x 36% Bolsonaro (8 pontos)

O cientista político Rodolfo Marques explica que a redução da distância entre os candidatos era esperada. “Considerando que a gente está a um pouco mais de duas semanas das eleições, está dentro da expectativa. O presidente da República tem um nível maior de aparição na mídia, o que, de certa forma, controla a agenda pública. Então, todos os atos e movimentos dele são registrados”, salienta.

O especialista ressalta, no entanto, que o aumento esperado nos números de Bolsonaro nas pesquisas fosse maior, principalmente pelo poder que o presidente tem de controlar a política econômica do país. O cientista político André César explica que o tema é decisivo nesta eleição:

“Essa questão econômica é o tema principal dessa campanha. Ao contrário de 2018, com o combate à corrupção, o antipetismo. Este ano voltou o velho tema da economia: desemprego, fome, inflação. São essas questões que preocupam o eleitor médio hoje. Então, se há um ganho de bem-estar material por uma parte importante do eleitorado, os estratos mais baixos da pirâmide social, é inevitável que Bolsonaro cresça, mas o que frustrou é que ele não cresceu tanto quanto esperavam. Com as reduções de combustíveis também, os auxílios, tudo isso”, frisa.

Principais colégios eleitorais

César aponta que, apesar de ser uma disputa polarizada, o resultado será decidido nos detalhes. “De um lado, o Nordeste e o Norte são quase cidadelas do Lula. O Centro-Oeste e o Sul, por outro lado, tendem ao bolsonarismo. E o Centro-Oeste tem o agronegócio, o DF. Então, o que sobra? Sobra o Sudeste, que é justamente onde há muitos votos.”

11 imagens
Ciro Gomes (PDT) – Após idas e vindas, Ciro Gomes foi registrado como candidato à Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista
Felipe d'Ávila (Novo) – O partido Novo lançou o cientista político Felipe d'Ávila como candidato da legenda à Presidência da República
Jair Bolsonaro (PL) – A filiação de Bolsonaro ao Partido Liberal colocou o atual presidente na corrida pela reeleição presidencial
Eymael (DC) – Eymael já era apresentado desde 2020 como pré-candidato do Democracia Cristã (DC) à Presidência
Leonardo Péricles (UP) – Presidente oficial da sigla, Péricles é candidato e vai concorrer ao cargo de presidente do Brasil em 2022
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Com cenário já definido, são 11 candidatos ao Palácio do Planalto. O primeiro turno das eleições acontece no dia 2 de outubro

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Ciro Gomes (PDT) – Após idas e vindas, Ciro Gomes foi registrado como candidato à Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista

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Felipe d'Ávila (Novo) – O partido Novo lançou o cientista político Felipe d'Ávila como candidato da legenda à Presidência da República

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Jair Bolsonaro (PL) – A filiação de Bolsonaro ao Partido Liberal colocou o atual presidente na corrida pela reeleição presidencial

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Eymael (DC) – Eymael já era apresentado desde 2020 como pré-candidato do Democracia Cristã (DC) à Presidência

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Leonardo Péricles (UP) – Presidente oficial da sigla, Péricles é candidato e vai concorrer ao cargo de presidente do Brasil em 2022

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Luiz Inácio Lula da Sila (PT) – O ex-presidente é oficialmente candidato ao Planalto e o principal adversário do atual presidente

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Simone Tebet foi candidata à Presidência pelo MDB e agora está cotada para o Ministério do Planejamento

Divulgação
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Sofia Manzano (PCB) – O nome da professora foi confirmado oficialmente pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) para concorrer à Presidência

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Vera (PSTU) – O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) escolheu a socióloga como candidata da legenda à Presidência da República

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Soraya Thronicke (União) – É advogada, senadora e candidata a presidente pelo União Brasil

Marques, entretanto, destaca que, dentro do Sudeste, ainda há diferença muito grande de comportamento do eleitor. Enquanto São Paulo tem, em nível estadual, o histórico de governos do PSDB, Fernando Haddad (PT) aparece em alta nas pesquisas.

Uma coisa ao menos é certa desde a redemocratização: quem vence em Minas costuma virar presidente. Desde as eleições de 1989, os candidatos que ganharam no estado se tornaram chefe do Executivo federal.

Já no Rio de Janeiro, que tem tendências históricas ao conservadorismo, há um índice muito grande de pessoas indecisas, que devem decidir muito perto da eleição se vão comparecer às urnas, votar branco, nulo ou optar por um dos candidatos.

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