Bolsonaro diz que pode “entregar” documentos sob sigilo de 100 anos
“Eu não mantenho sigilo de nada”, disse o candidato à reeleição. No entanto, afirmou que não vai liberar relação de visitas ao Alvorada
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a participar da “Super Live” promovida por sua campanha, na tarde deste domingo (23/10), e falou que não descarta abrir o sigilo de documentos que foram classificados durante o mandato, entre eles, o próprio cartão de vacina e os exames de anticorpos de Covid-19 aos quais foi submetido.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem prometido derrubar os sigilos de 100 anos impostos por Bolsonaro, caso ganhe a eleição. O presidente, no entanto, nega ter impedido o acesso aos documentos. “Eu não mantenho sigilo de nada”, disse o candidato à reeleição durante a live.
“São nove itens que me acusam de manter em sigilo por 100 anos. Eu não mantenho sigilo de nada. É a administração que age dessa maneira cumprindo uma lei de 2011 de Dilma Rousseff”, afirmou.
Em 2021, o Palácio do Planaltou impôs sigilo sobre o cartão de vacinação do presidente sob alegação de que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do presidente. O órgão também restrigiu o acesso aos exames de anticorpos de Covid-19 feitos pelo mandatário.
Bolsonaro disse que pode “entregar” os documentos “sem problema nenhum”. Porém, ressaltou que não vai liberar a relação de visitas feitas e ele e à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.
“É minha casa. Eu não vou revelar. Vamos supor que eu vá com vocês cinco aqui e mais um. Aparece mais uma pessoa. Vai que uma dessas pessoas tenha um problema, seja um lobista, seja um cara acusado de um crime qualquer no passado. Vão dizer que eu tava articulando com esse cara”, justificou.