Bolsonaro diz que não admitirá ser banido de redes sociais na campanha
Presidente afirmou que eventual banimento na campanha eleitoral é “jogo baixo” e representaria “jogar fora das quatro linhas”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não vai admitir um eventual banimento das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022, quando deve perseguir a reeleição.
Na visão dele, uma ação nesse sentido seria “jogo baixo” e representaria “jogar fora das quatro linhas” da Constituição. A expressão sobre as quatro linhas vem sido utilizada por Bolsonaro para indicar medidas autoritárias ou inconstitucionais.
“Me banir das redes sociais é jogar fora das quatro linhas. O jogo tem que ser realizado dentro das quatro linhas. Eu só posso dizer isso. A gente não pode admitir um jogo baixo dessa natureza. Aí não é uma disputa eleitoral dentro do critério democrático, é uma imposição. A gente não pode admitir isso daí. O bom senso se fará presente”, disse o mandatário em entrevista à Jovem Pan na noite de segunda-feira (10/1).
“Qual é a acusação contra mim? Que fake news tenho praticado nas minhas mídias? Não existe. Quando acontece equívoco, a gente se retrata”, continuou, criticando a imprensa na sequência.
O chefe do Executivo federal já divulgou uma série de informações falsas sobre a pandemia de Covid-19 e chegou a sofrer sanções do Facebook, Instagram e Twitter. Vídeos de transmissões ao vivo também já foram deletados pelo YouTube. O mais grave deles associava a vacina contra a Covid-19 à Aids.
Banimento de Trump
Espelho de Bolsonaro, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump teve suas contas nas principais plataformas suspensas no início de 2021 após acusações de que as postagens no Facebook e Twitter incitaram violência e impulsionaram a invasão ao Capitólio, no dia 6 de janeiro.
Trump foi derrotado pelo democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020 e está afastado das redes sociais há cerca de um ano.