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Bolsonaro autoriza uso das Forças Armadas nas eleições de 2022

A medida é praxe, porém, este ano, acontece em meio a um contexto de desconfiança do próprio presidente em relação às urnas

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Hugo Barreto/Metrópoles
Urna eletrônica é vistoriada pelos técnicos indicados pelo Ministério da Defesa fazem a inspeção dos códigos-fonte no TSE
1 de 1 Urna eletrônica é vistoriada pelos técnicos indicados pelo Ministério da Defesa fazem a inspeção dos códigos-fonte no TSE - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou, nesta sexta-feira (12/8) o uso das Forças Armadas nas eleições deste ano. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e, de acordo com ele, os militares podem atuar no pleito para a garantia da votação e da apuração em outubro.

O decreto foi publicado após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedir, por meio de ofício, o emprego das Forças Armadas nas eleições deste ano. Além de Bolsonaro, assinam o documento os ministros da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno.

A medida é praxe e busca, segundo o governo federal, garantir a tranquilidade e a ordem pública, em qualquer local do Brasil, durante as eleições.

O contexto atual, porém, é diferente dos demais pleitos eleitorais, que contaram também com a participação de militares durante as votações. Em movimento inédito, as Forças Armadas, amparadas pelo Ministério da Defesa, têm atuado na fiscalização das urnas eletrônicas, colocadas em xeque pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

Felipe Menezes/Metrópoles
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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

Igo Estrela/Metrópoles
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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

Reprodução/Youtube
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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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Nove oficiais formam equipe que analisa o código-fonte das urnas. Entre eles, estava o coronel do Exército Ricardo Sant’ana. Após reportagem do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, mostrando que ele difundia fake news nas redes, o nome dele foi excluído da comissão. E o Ministério da Defesa não indicou substituto.

Porém, poucos dias depois, pediu acesso de mais nove militares, especialistas em programação, para reforçar a equipe das Forças Armadas que trabalha junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na fiscalização das urnas eletrônicas. Para isso, a pasta enviou ao tribunal, nessa quarta-feira (10/8), o pedido para integrar os novos nomes nas atividades. A Corte ainda não respondeu.

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