Bolsonaro ataca Lula: “Alguém acredita que vai ganhar a eleição?”
Recentes pesquisas eleitorais mostram atual presidente da República em segunda lugar, enquanto petista lidera as intenções de voto
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta quinta-feira (8/9), o seu principal adversário político nas eleições deste ano, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, durante sua tradicional live semanal, duvidou que o petista tenha potencial para vencer o pleito de outubro no primeiro turno.
“Alguém acha que o Lula vai ganhar a eleição? Alguns aqui, Datafolha, por exemplo, [dizem] que pode ganhar no primeiro turno. Alguém acredita que, em uma eleição limpa, o Lula ganha?”, questionou.
De acordo com levantamento do Instituto Ipec divulgado na segunda (5/9), Lula mantém 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro oscilou de 32% para 31%. Já a pesquisa mais recente do Instituto Datafolha, publicada na última semana, aponta que o petista passou de 47% para 45% em relação ao estudo realizado em agosto; Bolsonaro, por sua vez, manteve-se com 32% das intenções de voto.
As principais pesquisas eleitorais mostram que Bolsonaro segue, nas palavras dos próprios integrantes da campanha do presidente, “cristalizado” – ou seja, não varia além da margem de erro das pesquisas. Na tentativa de reverter o cenário na reta final para o primeiro turno, aliados usaram o feriado do 7 de Setembro para mostrar que o mandatário conta o apoio de vários segmentos, a exemplo dos setores empresarial e religioso.
Empresários, em especial do agronegócio, e líderes religiosos marcaram presença significativa no desfile realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O mesmo ocorreu no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro participou de uma manifestação na praia de Copacabana.
Ao discursar nos atos, o titular do Palácio do Planalto voltou a falar de uma suposta “luta do bem contra o mal”. Aconselhado pela campanha, o mandatário da República não teceu críticas às urnas eletrônicas nem ao Supremo Tribunal Federal (STF), embora tenha citado a Corte. Sem citar Lula, Bolsonaro ainda defendeu que o petista fosse “extirpado da vida pública”.