Bolsonaro antes da eleição: “Quem fizer mais leva. Igual ao Flamengo”
Bolsonaro voltou a indicar que vai respeitar o resultado do pleito de domingo (30/10). Ele disse que receberá Flamengo campeão no Galeão
atualizado
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Na véspera do segundo turno das eleições, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou a indicar que respeitará o resultado do segundo turno das eleições, dizendo que “quem fizer mais leva”. Em entrevista à imprensa no Rio de Janeiro, local onde votará no domingo (30/10), o mandatário foi questionado sobre o assunto e respondeu:
“Ué, quem fizer mais leva. É igual ao Flamengo, fez mais gols, levou”. Ele fez referência à final da Copa Libertadores, realizada neste sábado (29/10), da qual o rubro-negro carioca se sagrou tricampeão, após vitória por 1 x 0 contra o Athletico-PR.
Bolsonaro ainda indicou que deverá ir ao Aeroporto do Galeão no domingo para receber os jogadores do Flamengo, que retornam do Equador, onde foi a partida. Bolsonaro vota na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, zona oeste do Rio. Na sequência, a previsão é que retorne a Brasília, de onde deve acompanhar a apuração.
Fraude
Desde que assumiu o comando do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro acusa, sem provas, que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraude. Em ocasiões passadas, o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu para que o presidente apresentasse provas de suas acusações, o que nunca foi feito.
Sempre que perguntado sobre se respeitaria o resultado das urnas, afirmava que sim, mas sempre colocando uma ressalva: “Desde que as eleições sejam limpas e transparentes”.
Após participar do debate presidencial realizado pela Rede Globo, no Rio de Janeiro, na noite de sexta-feira (28/10), Bolsonaro foi questionado se respeitará o resultado do pleito, ao que respondeu: “Não há a menor dúvida [de que o resultado será respeitado]. Quem tiver mais votos, leva. É isso que é democracia”.
No primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 57,2 milhões de votos (48,43% dos votos válidos), e Bolsonaro, 51 milhões de votos (43,20%).
Defesa do voto impresso
O atual mandatário da República é defensor do voto impresso e já afirmou, em tom de ameaça, que, caso o modelo não fosse implementado no pleito deste ano, seria possível que não houvesse eleição.
Em julho do ano passado, o titular da Presidência da República fez uma live, na qual apresentou uma série de notícias inverídicas. Na transmissão ao vivo, ele admitiu que não tem provas para afirmar que existe chance de fraude no sistema atual de urnas eletrônicas.
Um ano depois, quando faltavam apenas três meses para as eleições gerais de 2022, o chefe do Executivo federal convidou embaixadores de diversos países para um encontro no Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele voltou a levantar suspeitas sobre as urnas eletrônicas, repetiu argumentos já desmentidos por órgãos oficiais e reiterou que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”.