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“Bolsonaristas estão fazendo uso oportunista” de tiroteio, diz Haddad

Ex-ministro da Educação e candidato ao governo de São Paulo é o entrevistado desta segunda-feira (17/10) do programa Roda Viva

atualizado

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TV Cultura/Reprodução
fernando haddad no roda viva
1 de 1 fernando haddad no roda viva - Foto: TV Cultura/Reprodução

O candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), comentou, na noite desta segunda-feira (17/10), o tiroteio que interrompeu a agenda de seu adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos) em Paraisópolis, zona sul da cidade de São Paulo.

O ex-ministro da Educação relatou ter entrado em contato com Tarcísio após o ocorrido, e disse ter tido retorno seis horas depois. “Ele me relatou que descartava qualquer vinculação política. Então, eu acho que os bolsonaristas estão fazendo uso oportunista, o fato de já levar para a TV, de mudar na Wikipedia, já tornar o Tarcísio uma vítima de ataque político. Eu acho que revela uma pressa que já causa apreensão”, opinou.

“Isso coloca em risco a vida dos candidatos, a partir do momento que você faz um alarde dessa natureza, de forma oportunista, para ganhar algum dividendo eleitoral”, complementou. Haddad afirmou, ainda, que não anda com segurança armada nem com seguranças à paisana.

Em outro momento, o petista também apontou uma tentativa de transformar o ocorrido em uma “facada 2.0”, em referência ao atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 durante a campanha à Presidência da República.

“Atentado fake”

Membro da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Randolfe Rodrigues (Rede) apontou o uso do episódio como uma “tentativa de criar um atentado fake”. Já figuras bolsonaristas, como a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), tentou relacionar a presença bem recebida de Lula no Complexo do Alemão, na semana passada, com uma suposta relação com facções do crime organizado.

Na parte da tarde, Tarcísio de Freitas continuou as agendas. “Em nenhum momento eu disse que era um atentado. Segundo, esse tipo de troca de tiro ali não é comum e vamos lembrar que o crime organizado aqui em São Paulo é hegemônico em determinadas regiões”, disse o candidato.

O ex-ministro de Bolsonaro também chamou o tiroteio de “intimidação”. “Na minha opinião é um ato de intimidação. Foi um recado claro do crime organizado, dizendo o seguinte: ‘Vocês não são bem-vindos aqui. A gente não quer vocês aqui dentro. Esse território aqui é nosso. Você não entra aqui sem a nossa permissão’. É para mim é uma questão territorial. É uma questão que não tem nada a ver com política, não tem nada a ver com a questão eleitoral, mas é uma questão territorial. Eles estão dizendo: ‘Temos um lado e não é o seu’”.

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