Bolsonaristas bloqueiam acesso ao Aeroporto de Guarulhos. Voos atrasam
Ocorreram atrasos e cancelamentos de voos em Guarulhos (SP). Ao menos 20 estados tiveram rodovias bloqueadas por apoiadores de Bolsonaro
atualizado
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Manifestantes pró-Bolsonaro bloquearam, nesta segunda-feira (31/10), os dois sentidos da Rodovia do Aeroporto, que dá acesso a Guarulhos e consequentemente ao aeroporto, em São Paulo.
Segundo o GRU Aiport, concessionária que administra o aeroporto, um grupo de cerca de 50 pessoas ocupou a via às 20h. O bloqueio causou vários atrasos e o cancelamento de, ao menos, quatro voos até o momento, sendo três da Latam e um da United Airlines.
Em 20 estados, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) impediram o trânsito rodoviário após sua derrota nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser anunciada.
“Paramos a rodovia, não vai passar ninguém para o aeroporto”, diz um apoiador em um vídeo compartilhado nas redes sociais. “Não aceitamos comunista ladrão administrando o Brasil. É independência ou morte.”
Aeroporto de Guarulhos/SP 🇧🇷🇧🇷🇧🇷#EuApoioOsCaminhoneiros pic.twitter.com/POpnDxlski
— ValeriaTR🇧🇷 (@ValriaYahoo) November 1, 2022
Veja mais imagens do local:
Bolsonaro supporters are blocking the road to Guarulhos Airport in São Paulo, Brazil in a desperate attempt to create chaos after their defeat in last night’s elections. pic.twitter.com/zHZbhzv6RT
— Manolo De Los Santos (@manolo_realengo) October 31, 2022
Guarulhos – aeroporto pic.twitter.com/BrXb5Ja2mb
— Milena Gonçalves (@MilbragaMilena) November 1, 2022
Decisão de Moraes
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou, nesta segunda-feira (31/10), que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) adote “todas as medidas necessárias e suficientes” para desobstruir as rodovias bloqueadas.
O ministro citou que a PRF foi “omissa” e “inerte” e determinou que o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal adote todas as medidas necessárias para a desobstrução de vias sob pena de R$ 100 mil de multa por hora. A decisão ainda sugere que, caso não sejam cumpridas as determinações, há possibilidade de afastamento do Diretor-Geral das funções e prisão em flagrante de crime desobediência.